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Entidades recomendam vacina contra a Covid para gestantes com diabetes, obesidade e hipertensão arterial

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) recomendaram que sejam seguidas as orientações do Ministério da Saúde para que a vacina contra a Covid-19 seja aplicada em mulheres grávidas com diabetes mellitus, obesidade ou hipertensão arterial sistêmica.

Tanto a SBEM quanto a SBD dizem que essa recomendação segue nota técnica já divulgada pelo governo federal com o objetivo evitar complicações para mulher e o bebê.

“A urgência em se posicionar sobre essa população, mesmo com ausência de evidências, decorre do maior risco de complicações que as gestantes e seus bebês apresentam quando infectadas pelo vírus”, afirmaram as instituições em nota.

 

As orientações estão de acordo com a nova portaria do Ministério da Saúde, que recomenda a vacinação em gestantes, lactantes e puérperas (mulheres no período de até 60 dias após o parto) com doenças prévias (comorbidades).

De acordo com dados do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), o número de mortes de gestantes e de mães de recém-nascidos (puérperas) por Covid-19 mais do que dobrou em 2021 em relação à média semanal de 2020.

Segundo o levantamento, no ano passado foram registradas 453 mortes (10,5 óbitos na média semanal). Em 2021, até 7 de abril, foram 289 mortes (22,2 óbitos na média semanal).

Gestantes podem se vacinar contra a Covid

 

Diante do agravamento da pandemia de Covid-19 no país, o Ministério da Saúde recomendou que gestantes se vacinassem contra o vírus.

As vacinas disponíveis ainda não foram testadas nesse grupo. “Entretanto, os estudos em animais não mostraram ter efeito teratogênico – que é capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez”, afirmou SBD e a SBEM.

 

As organizações defendem que, no momento, o coronavírus é um risco maior às gestantes e aos bebês.

Além das gestantes com diabetes mellitus, a vacinação também é recomendada pelo Ministério da Saúde para mulheres grávidas com as seguintes doenças:

  • hipertensão arterial crônica
  • obesidade (IMC maior ou igual a 30)
  • doença cardiovascular
  • asma brônquica
  • imunossuprimidas
  • transplantadas
  • doenças renais crônicas
  • doenças autoimunes

 

Gestantes sem doenças prévias também podem se vacinar, mas o Ministério da Saúde recomenda que seja feito uma avaliação de risco e benefícios.

Já para mulheres lactantes e puérperas sem comorbidades, a vacinação pode ocorrer desde que elas façam parte dos grupos prioritários.

Segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, as grávidas já podem ir ao posto de saúde se vacinar. Contudo, as definições de quando cada grupo será vacinado estão sendo tomadas pelos municípios.

“É importante destacar que as medidas de proteção contra COVID-19, como distanciamento social, uso de máscara e higiene frequente das mãos, devem ser mantidas mesmo após a vacinação”, alerta a SBD e a SBEM.

As lactantes não devem interromper o aleitamento ao receber a vacina e podem doar leite mesmo vacinadas.

Embora seja recomendado, a vacinação para gestantes não é obrigatória. “As mulheres que não aceitarem devem ter sua decisão respeitada”, afirmou a SBD e a SBEM em nota.

Por G1

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