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Primeiro dia do Enem terá prova de redação

Os mais de 7 milhões de candidatos inscritos no ‪#‎Enem2015‬, que ocorre nos próximos dias 24 e 25, dispõem de plataforma digital gratuita para estudar para o exame: o Questões Enem. Desenvolvido pela EBC na Rede, a ferramenta reúne 2.160 questões de provas anteriores do exame (regulares e aplicadas a pessoas privadas de liberdade), de 2009 a 2014. Saiba mais em: www.mec.gov.br Acesse: http://questoesenem.ebc.com.br/ #MEC #Educação #Enem #Enem2015

No primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, no próximo domingo (21), os candidatos farão, além das provas objetivas de linguagens e ciências humanas, a única prova subjetiva da avaliação, a redação. Nesta edição, o tema será o mesmo, tanto para o Enem impresso quanto para o digital e, em ambas modalidades, o texto deverá ser feito à mão. Por isso, é obrigatório levar caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.

Ir bem na redação pode ser um diferencial para o candidato. Para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, e o Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior, é necessário não ter tirado zero na redação.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza todos os anos, conforme previsto no edital do exame, uma cartilha com os detalhes da correção. Ainda não foi disponibilizada a cartilha do Enem 2021. Documentos de anos anteriores, com exemplos de redações que receberam a nota máxima, 1 mil, estão disponíveis na página da autarquia.

Dicas

Conhecer as provas de redação anteriores pode ajudar os candidatos, segundo o coordenador de Integração Pedagógica do SAS Plataforma de Educação, Vinicius Beltrão. “Os temas de redação geralmente são cíclicos. Ou vão trazer questões de inclusão ou questões sobre cidadania e ética. Podem falar de comportamento, de sociedade da informação, esses temas macros sempre são previstos pensando numa realidade brasileira”.

Como os candidatos precisam, além de ter um conhecimento mínimo sobre o assunto, fazer uma proposta de intervenção, a dica é buscar referências que ajudem a embasar o texto. Podem ser músicas, filmes, livros, notícias e documentos como a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil é signatário. “Fazer grupo de estudo, compartilhar com colegas o que cada um andou lendo, ver os principais temas, escrever. Pegar alguns temas e refazer a redação, não só para treinar a parte cognitiva, mas para treinar o tempo”.

No dia da prova, de acordo com o professor, o ideal é reservar uma hora para fazer a redação. Isso pode ser feito logo no começo, quando o candidato está mais descansado. A dica é antes mesmo de ler os textos de apoio, ver, no final do enunciado, qual é o tema da redação. Assim, quando o estudante ler os textos de apoio, já saberá sobre o que precisará escrever e poderá destacar elementos que o ajudem na produção do próprio texto.

O estudante terá à disposição uma folha de rascunho, mas somente o que estiver escrito em caneta preta na folha de redação será considerado na correção. “É importante fazer o treinamento para a gestão do tempo”, recomenda Beltrão.

Acompanhe a cobertura da Agência Brasil sobre o Enem 2021:

Reler as redações

A professora de redação na plataforma Explicaê Cainã Marques Vilanova recomenda que, nessa reta final, os estudantes revisem os textos que escreveram ao longo do ano. “Fazer uma análise de redações já feitas. Se estudou durante o ano e fez 30 redações, por exemplo, é hora de colocá-las em cima da mesa e dar uma olhada, rever os principais erros, analisar o que é preciso melhorar”, diz.

Outra dica é ler redações que tiraram nota 1 mil em edições anteriores. Produzir muitos novos textos a alguns dias do exame pode, de acordo com Cainã, gerar nervosismo. “Esta semana não é mais para fazer muitos textos, vejo alunos desesperados querendo recuperar o tempo perdido. Isso atrapalha até porque dificilmente terão alguém para fazer a correção dessas redações e não terão um feedback”.

Uma alternativa é buscar temas que o estudante ainda não tenha trabalhado e fazer um roteiro com os tópicos que abordaria e com os conhecimentos que teria se o tema fosse aquele, incluindo filmes relacionados ao assunto, entre outros. É preciso também, segundo a professora, tomar cuidado com o que se vê nas redes sociais, onde muitas informações e dicas falsas são divulgadas.

A professora conta que a alguns dias do exame, os estudantes estão ansiosos e abalados pelo ano de pandemia e também pelas notícias recentes de demissões no Inep. Nessa segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Enem irá ocorrer na mais absoluta tranquilidade. “Começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem. Ninguém está preocupado com aquelas questões absurdas do passado que caíam, temas de redação que não tinham nada a ver com nada. Realmente algo voltado para o aprendizado”, afirmou.

Segundo Cainã, os estudantes que conhecem bem a estrutura da prova estão preparados para discorrer sobre qualquer tema. Ela ressalta que os textos de apoio são de grande ajuda e que devem ser lidos com atenção. Eles não devem ser copiados na íntegra, o que poderá zerar a redação, mas podem conter informações que ajudem nos argumentos dos estudantes.

Motivos para nota zero

Segundo o edital do Enem, são motivos para zerar a redação:

• fuga total ao tema;

• não obediência ao tipo dissertativo-argumentativo;

• extensão de até sete linhas manuscritas, qualquer que seja o conteúdo, ou extensão de até dez linhas escritas no sistema Braille;

• cópia de texto(s) da Prova de Redação e/ou do Caderno de Questões sem que haja pelo menos oito linhas de produção própria do participante;

• impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, em qualquer parte da folha de redação;

• números ou sinais gráficos sem função clara em qualquer parte do texto ou da folha de redação;

• parte deliberadamente desconectada do tema proposto;

• assinatura, nome, iniciais, apelido, codinome ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura do participante;

• texto predominante ou integralmente escrito em língua estrangeira;

• folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho; e

• texto ilegível, que impossibilite sua leitura por dois avaliadores independentes.

Veja os temas das redações de anos anteriores:

Enem 2009: O indivíduo frente à ética nacional

Enem 2010: O trabalho na construção da dignidade humana

Enem 2011:  Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado

Enem 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI

Enem 2013:  Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Enem 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil

Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Enem 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil e Caminhos para combater o racismo no Brasil – Neste ano houve duas aplicações regulares do exame.

Enem 2017: Desafios para formação educacional de surdos no Brasil

Enem 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

Enem 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Enem 2020: O Estigma Associado às Doenças Mentais na Sociedade Brasileira (Enem impresso), O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil (Enem digital) e A falta de empatia nas relações sociais no Brasil (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2021

O Enem será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro para mais de 3 milhões de estudantes em todo o país. No primeiro dia de prova, os participantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo, matemática e ciências da natureza. Os locais de prova estão disponíveis no Cartão de Confirmação de Inscrição na Página do Participante.


Arte/Agência Brasil

Edição: Graça Adjuto

Fonte: Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil  – Rio de Janeiro
Crédito de imagem: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

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