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Espanha prende 7 pessoas após ataques racistas contra Vinícius Jr.

A polícia espanhola deteve sete homens nesta terça-feira (23) por ataques racistas contra o atacante brasileiro Vinícius Jr.

Uma investigação de crime de ódio foi aberta depois que um boneco inflável vestido com a camisa do jogador foi pendurado em uma ponte em frente ao centro de treinamento do Real Madrid. Ao lado havia uma faixa vermelha e branca de 16 metros, as cores do rival Atlético de Madrid, dizendo “Madri odeia o Real”.

Três homens foram presos em Valência por conduta racista em uma partida entre Valencia e Real Madrid, informou a polícia no Twitter.

Outros quatro homens também foram presos na capital espanhola, disse a polícia, três dos quais eram membros de “um grupo radical de torcedores de um clube de Madri”, que já haviam sido classificados como “de alto risco” para ajudar a conter a violência durante os jogos.

As prisões ocorreram um dia depois que o chefe da federação espanhola de futebol, Luis Rubiales, disse que o futebol do país tem um problema de racismo, após uma denúncia de crime racial apresentada pelo Real Madrid.

Depois que insultos racistas foram direcionados a Vinícius Jr. durante uma partida da liga espanhola no domingo (21), o jogador, em um post nas redes sociais, chamou o abuso de “desumano” e pediu aos patrocinadores e emissoras que responsabilizassem a LaLiga.

A LaLiga, que está sob pressão para fazer mais contra o racismo, disse em um comunicado nesta terça-feira que se sentia “impotente” para enfrentar o problema, enquanto a legislação espanhola limitou suas ações a apenas detectar e denunciar ocorrências racistas.

A liga listou uma série de incidentes contra jogadores negros, incluindo nove contra Vinícius, que não foram a julgamento por falta de provas e pediu que a lei fosse modificada.

Vinícius tem demonstrado frustração pela LaLiga não ter exercido pressão sobre a federação espanhola, que tem o poder de impor fechamentos e proibições de estádios, segundo fontes próximas ao jogador.

 

Fonte: Inti Landauro, Emma Pinedo e Fernando Kallas – repórteres da Reuters – Madri

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