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Alta nos Fertilizantes Impõe Desafios ao Campo, Mas Manejo Adequado do Solo Pode Potencializar Resultados

Contudo, uma abordagem focada no equilíbrio biológico do solo pode ser uma solução eficiente para mitigar os impactos financeiros dessa alta. Especialistas destacam que otimizar o uso de fertilizantes é crucial para garantir a sustentabilidade das operações agrícolas diante da volatilidade dos preços.

Preço dos Fertilizantes Eleva Custos de Produção

Os fertilizantes essenciais para a nutrição das lavouras, como o MAP (fosfato monoamônico) e o cloreto de potássio, apresentam aumentos significativos em seus preços. Segundo dados da Agrinvest Commodities, o preço do MAP subiu 90% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o cloreto de potássio teve um aumento superior a 50% por tonelada desde novembro. Esse aumento reflete diretamente na relação de troca para o agricultor, que precisa de mais sacas de soja para adquirir a mesma quantidade de insumos.

Eficiência no Uso do Solo: Uma Estratégia Necessária

No contexto de preços elevados, a eficiência agronômica do uso de fertilizantes torna-se uma estratégia fundamental para otimizar os recursos. O NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) representa uma das maiores fatias dos custos de produção, mas estudos da Embrapa indicam que sua eficiência varia entre 40% e 60%, ou seja, uma parte significativa do investimento pode não ser aproveitada devido a limitações do solo, como compactação, desequilíbrio químico ou baixa atividade biológica.

O Problema do Fósforo no Solo

Entre os nutrientes, o fósforo apresenta um dos principais desafios. Nos solos agrícolas, cerca de 80% do P₂O₅ aplicado pode ficar retido em formas insolúveis, tornando-se indisponível para as plantas. Mesmo quando os teores de fósforo disponível atingem 20%, uma grande parte do fertilizante é perdida, impactando diretamente os custos e a produtividade.

Tecnologia e Manejo do Microbioma do Solo Como Solução

Uma das soluções para aumentar a eficiência do uso dos fertilizantes está no manejo do microbioma do solo. Empresas especializadas, como a Microgeo, têm demonstrado a eficácia da biotecnologia para melhorar a capacidade de retenção e troca de nutrientes no solo. Em análises realizadas em 106 áreas agrícolas, o uso da biotecnologia Microgeo® resultou em um incremento médio de 170 kg/ha de superfosfato simples, o que gerou ganhos econômicos significativos para os produtores.

Paulo D’Andrea, diretor de P&D da Microgeo, destaca: “Nosso foco é tornar o solo mais eficiente, para que o produtor consiga aproveitar melhor cada real investido no manejo. Com o uso contínuo da nossa biotecnologia, o solo passa a ter mais vida e maior capacidade de disponibilizar os nutrientes, resultando em uma possível redução de perdas e, consequentemente, em mais retorno sobre o investimento”.

Um Caminho para a Sustentabilidade no Campo

Diante do cenário desafiador, a eficiência no manejo do solo se torna uma alternativa importante para suavizar os impactos financeiros da alta nos preços dos fertilizantes. Para os produtores que ainda não adquiriram seus insumos, o momento é propício para considerar práticas que aumentem a eficiência de absorção dos nutrientes, preservando o investimento e avançando em direção a uma agricultura mais sustentável e resiliente às oscilações do mercado.

Paulo D’Andrea afirma que, “Diante de um cenário de alta no custo dos fertilizantes, o manejo do microbioma do solo não é mais um diferencial — é uma necessidade. A agricultura do futuro será aquela que conseguir extrair mais do solo com o mesmo ou menor volume de investimentos. A biotecnologia vem justamente para isso: transformar o solo em um ativo mais resiliente, produtivo e sustentável”.

Em um cenário de incertezas e custos elevados, a tecnologia e o manejo adequado do solo são aliados fundamentais para garantir a produtividade e sustentabilidade da agricultura brasileira. Ao investir no equilíbrio biológico do solo, o produtor rural não só otimiza os recursos disponíveis, mas também contribui para a preservação do meio ambiente e para uma maior competitividade no mercado global.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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