O Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, decidiu, na terceira reunião do ano, realizada nesta semana, elevar a taxa Selic em meio ponto percentual, passando de 14,25% para 14,75% ao ano.
A Selic é considerada os juros básicos da economia brasileira e, com ela nesse nível, o Brasil se mantém entre os dos países com os juros reais mais altos.
De uma maneira simplificada, o juro real é a taxa básica de juros da economia, que são os juros nominais (neste caso, a Selic), menos a inflação que é esperada para os próximos 12 meses.
Segundo cálculos realizados por um portal especializado em finanças, o juro real no Brasi hoje é de 8,65% ao ano – atualmente, o terceiro maior juro real do mundo.
Só perde para as taxas registradas na Turquia, atual líder do ranking, com juro real calculado em 10,47%, e para a Rússia, com taxa real de 9,17%.
Depois do Brasil, ocupando a quarta colocação, está a África do Sul, com uma taxa real de 6,61%.
Já a Argentina, que havia registrado um juro real de 9,35% na última medição, ficando na 2ª posição do ranking de março — caiu para a 8ª posição em maio, com um juro real de 3,92%.
Já na outra ponta da tabela, como países com os menores juros reais, entre as nações pesquisadas, estão Dinamarca e Holanda, com taxas na casa dos -2%.
Considerando os juros nominais, ou seja, a taxa Selic em si, sem desconto da inflação esperada para os próximos 12 meses – o Brasil, com a Selic a 14,75% ao ano aparece na quarta colocação.
Os países que têm juros nominais maiores que o nosso são a Turquia, com juros nominais de 46% ao ano, Argentina, com 29%, e a Rússia, com taxa atual de 21%.
Nesse ranking, os dois últimos lugares são ocupados por Japão e Suíça com juros nominais de 0,5% e 0,25% ao ano, respectivamente.