O aumento da demanda interna, impulsionado pelo pagamento de salários e pela proximidade do Dia das Mães, somado ao bom desempenho das exportações e à queda no custo do milho, fortalece os preços tanto do animal vivo quanto dos principais cortes no atacado.
Demanda interna impulsiona mercado no curto prazo
Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Allan Maia, a valorização da carne suína está diretamente relacionada às expectativas de consumo no curto prazo. O pagamento dos salários e a chegada do Dia das Mães são vistos como fatores que tradicionalmente aumentam o consumo de proteína animal, contribuindo para a elevação nos preços.
De acordo com Maia, as indústrias têm adotado uma postura cautelosa nas negociações com os produtores, observando atentamente o comportamento do mercado atacadista. Ao mesmo tempo, os suinocultores relatam uma oferta equilibrada, o que também colabora para a sustentação dos preços.
Exportações continuam aquecidas e reduzem oferta interna
Outro fator relevante destacado por Maia é o bom desempenho das exportações brasileiras de carne suína. A demanda internacional continua forte, o que contribui para a redução da disponibilidade do produto no mercado interno e reforça a tendência de valorização dos preços.
Custo do milho em queda anima produtores
Além da boa performance nas vendas externas e da demanda interna aquecida, os suinocultores têm encontrado alívio no custo da ração. O milho, principal insumo na alimentação dos suínos, segue em tendência de baixa no país. Com maior fixação de oferta por parte dos produtores, o cenário é de otimismo no campo, com expectativa de melhora nas margens da atividade.
Cotações seguem firmes em diversas regiões do país
O levantamento semanal da Safras & Mercado revelou avanços discretos nos preços do suíno vivo e dos cortes no atacado:
- Suíno vivo: média nacional passou de R$ 7,80 para R$ 7,81 por quilo;
- Corte de pernil no atacado: subiu de R$ 14,20 para R$ 14,29 por quilo;
- Carcaça: passou de R$ 12,61 para R$ 12,73 por quilo.
Nas principais praças pecuárias do país, as cotações também mostraram estabilidade ou leve valorização:
- São Paulo: arroba suína estável em R$ 163,00;
- Rio Grande do Sul: quilo vivo segue em R$ 6,60 (integração) e R$ 8,25 (interior);
- Santa Catarina: R$ 6,60 (integração) e R$ 8,20 (interior);
- Paraná: mercado livre com leve alta de R$ 8,25 para R$ 8,30; integração segue em R$ 6,65;
- Mato Grosso do Sul: R$ 7,70 em Campo Grande e R$ 6,60 na integração;
- Goiás: estabilidade em R$ 8,40;
- Minas Gerais: R$ 8,60 no interior e R$ 8,80 no mercado independente;
- Mato Grosso: R$ 7,70 em Rondonópolis e R$ 7,05 na integração.
Exportações crescem em volume e receita
As exportações brasileiras de carne suína “in natura” alcançaram bons resultados em abril. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país exportou 99,060 mil toneladas durante os 17 dias úteis do mês, com média diária de 5,827 mil toneladas.
A receita total foi de US$ 245,838 milhões, com média diária de US$ 14,461 milhões. O preço médio da tonelada exportada ficou em US$ 2.481,70.
Em comparação com abril de 2024:
- A receita média diária aumentou 42,9%;
- O volume médio diário cresceu 32,5%;
- O preço médio por tonelada teve alta de 7,9%.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio