Cooperativismo em Santa Catarina: força econômica e social que impulsiona o desenvolvimento

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Segundo Vanir Zanatta, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), o estado catarinense se diferencia no cenário nacional e internacional por características marcantes como a índole pacífica, a valorização da família, o respeito à diversidade e a capacidade de inovar. Esses atributos estão alinhados com os princípios do cooperativismo, modelo econômico e social introduzido pelos imigrantes pioneiros e que se consolidou ao longo do tempo.

Cooperativismo: um modelo inclusivo e sustentável

O cooperativismo vai além de uma simples forma de organização empresarial. Em Santa Catarina, ele representa um modelo de desenvolvimento inclusivo, democrático e sustentável, presente em diversos setores produtivos, como agricultura, crédito, saúde, consumo, infraestrutura e transporte. Essa abrangência demonstra a importância das cooperativas para a economia e a sociedade catarinense.

Impacto econômico e social das cooperativas

Atualmente, mais de 4,7 milhões de catarinenses participam do movimento cooperativista, que movimenta cerca de R$ 91,2 bilhões por ano. Segundo dados da OCESC, as 235 cooperativas filiadas são responsáveis por uma força econômica que potencializa a produção e a competitividade de pequenos e médios empreendedores, fortalecendo toda a cadeia produtiva do estado.

Crescimento acima da média nacional

Em 2024, o setor cooperativista em Santa Catarina cresceu 7% em receita, superando o crescimento do PIB nacional, que foi de 3,4%. O número de cooperados aumentou 9,8%, com mais de 419 mil novos associados, o que representa 58% da população do estado integrada ao sistema cooperativo.

Cooperativas de crédito lideram participação

Entre os ramos cooperativistas, as cooperativas de crédito são as mais expressivas, reunindo 3,6 milhões de cooperados. Em seguida, destacam-se as cooperativas de infraestrutura (464 mil associados), consumo (430 mil), agropecuária (84 mil), saúde (15 mil) e transporte (2,9 mil).

Agropecuária: principal motor do setor cooperativista

O ramo agropecuário é o mais robusto dentro do cooperativismo, respondendo por 62,5% dos empregos diretos e 63,2% da receita operacional bruta do setor. As exportações catarinenses das cooperativas alcançaram R$ 11,63 bilhões em 2024, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior, impulsionadas principalmente pela venda de cereais in natura (54,13%) e proteínas animais (43,13%). Para 2025, a previsão é de um aumento de 12% nas exportações, podendo chegar a R$ 13 bilhões.

Desafios tributários

Apesar do crescimento e da contribuição para o desenvolvimento, as cooperativas enfrentam uma carga tributária elevada. Em 2024, recolheram R$ 4 bilhões em tributos sobre a receita bruta, um aumento de 32,6% em relação ao ano anterior.

Importância para a economia catarinense

As cooperativas respondem por cerca de 30% do PIB de Santa Catarina e representam 70% das exportações do estado. Essa presença forte é resultado do papel fundamental que desempenham nas cadeias produtivas de grãos, leite, suínos e aves, pilares da economia regional.

Investimentos e perspectivas para os próximos anos

O setor cooperativista planeja investimentos significativos para os próximos anos: R$ 2,03 bilhões em 2025, R$ 2,18 bilhões em 2026 e R$ 2,26 bilhões em 2027. Esses recursos serão aplicados na expansão das estruturas e no aumento da capacidade produtiva, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável e equilibrado de Santa Catarina.

Cooperativismo: uma expressão da solidariedade e inovação catarinense

O cooperativismo em Santa Catarina é muito mais que um modelo de negócio. Ele representa a essência de um povo que alia solidariedade, eficiência e visão de futuro para construir um desenvolvimento coletivo sólido e duradouro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio