O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) anunciou um reforço de peso para os trabalhadores do campo: um novo edital do programa Da Terra à Mesa Brasil, que vai injetar R$ 100 milhões na agricultura familiar. O dinheiro será usado para projetos de transição agroecológica, estruturação produtiva e capacitação — tudo com foco em quem cultiva sem agrotóxico e longe dos grandes bancos.
A proposta é alcançar pelo menos 10 mil agricultores familiares em todo o país. “Esse programa é para o agricultor que não tem perfil de banco. É para quem fica de fora do crédito tradicional”, afirmou o ministro Paulo Teixeira.
As organizações da sociedade civil poderão apresentar propostas que se enquadrem em três eixos:
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Estruturação produtiva — investimento em sementes crioulas, bioinsumos, agrofloresta, criação de animais, máquinas e manejo sustentável de solo e água.
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Assessoria técnica — acompanhamento especializado para a transição agroecológica sair do papel e pegar no tranco.
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Formação e capacitação — cursos e trocas de experiências entre agricultores e técnicos, porque conhecimento também brota da terra.
Os critérios do edital incluem um olhar atento para quem mais precisa. Propostas que envolvam pelo menos 50% de mulheres e 20% de jovens do campo terão prioridade. Afinal, sem a força delas e o fôlego deles, não há roça que prospere.
Cada estado poderá acessar até R$ 2 milhões, com exceção da Região Norte, que terá direito a até R$ 3 milhões. Já os projetos individuais podem receber até R$ 8 milhões.
Com esse recurso, o governo espera ajudar pequenos agricultores a saírem da dependência de agrotóxicos e insumos caros, e fortalecer uma produção que respeita a natureza e põe comida de verdade na mesa dos brasileiros.
Fonte: Pensar Agro