Embrapa Reforça Banco Ativo de Germoplasma com Novos Acessos de Grão-de-Bico Provenientes dos EUA

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O Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da Embrapa Hortaliças acaba de receber um reforço significativo com a chegada de 500 novos acessos de grão-de-bico, oriundos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – Serviço de Pesquisa Agrícola (USDA-ARS). Este importante aporte de recursos genéticos visa fortalecer o banco de germoplasma da leguminosa no Brasil, ampliando as possibilidades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para o setor agrícola. A troca de materiais foi concluída em março de 2025, após tratativas iniciadas em 2019, alinhando-se ao projeto de ampliação dos Bancos Ativos de Germoplasma de Oleaginosas, Fibrosas e Leguminosas da Embrapa.

Expansão do Banco Ativo de Germoplasma de Grão-de-Bico

A chegada dos 500 acessos de grão-de-bico provenientes do USDA-ARS integra uma iniciativa maior da Embrapa Hortaliças voltada para a valorização e utilização de recursos genéticos. O projeto é coordenado pelo pesquisador Warley Nascimento, que lidera o trabalho de melhoramento genético de pulses na instituição. Segundo Nascimento, o acréscimo de novos acessos fortalecerá a diversidade genética do acervo da leguminosa, com um foco especial na ampliação e organização dos bancos de germoplasma.

“O objetivo é reunir informações detalhadas sobre a procedência, introdução, multiplicação e caracterização dos acessos, possibilitando que esses recursos genéticos sejam disponibilizados para futuras pesquisas científicas e tecnológicas”, explica o pesquisador.

Caracterização e Avaliação dos Acessos

A análise dos novos acessos de grão-de-bico será feita por meio de descritores morfológicos e agronômicos. Isso envolve a identificação de características botânicas como a produtividade, o tamanho e a coloração do grão, a precocidade e o porte das plantas, entre outras variáveis. Essa caracterização permitirá a formação de grupos de acesso com características específicas, relevantes para o avanço científico e tecnológico no campo.

“Nosso objetivo é enriquecer, conservar, caracterizar, documentar, divulgar e disponibilizar esses recursos genéticos, visando tanto a valorização quanto a utilização estratégica dos acessos para o Brasil”, destaca Nascimento.

A Intercâmbio de Recursos Genéticos e a Colaboração da Embrapa

O processo de intercâmbio de germoplasma foi conduzido pela analista Danielle Biscaia, que atua na área de pesquisa e transferência de tecnologia da Embrapa Hortaliças. Vários setores da Embrapa foram envolvidos nas diferentes fases do processo, incluindo a Coordenação Técnica do Sistema de Curadorias de Germoplasma (CTSC), o Núcleo de Intercâmbio de Germoplasma (NIG), e o Núcleo de Gestão da Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal (NEQGV), além da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

O Papel do Banco Ativo de Germoplasma Vegetal

O Banco Ativo de Germoplasma Vegetal é uma unidade fundamental na preservação de material genético com potencial de uso imediato ou futuro. O material genético é conservado em diferentes formas, incluindo sementes armazenadas em câmaras frias e cultivos de tecidos, e pode ser utilizado para intercâmbio e pesquisas científicas. Essa conservação estratégica assegura a disponibilidade de recursos genéticos essenciais para o desenvolvimento de novas tecnologias e práticas agrícolas.

Este avanço reforça o compromisso da Embrapa com a pesquisa e o desenvolvimento do setor agrícola, promovendo o fortalecimento da diversidade genética e o aprimoramento das práticas de cultivo de leguminosas, como o grão-de-bico, no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio