Expectativa de maior produção global pressiona preços do açúcar nos mercados internacionais

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Os contratos futuros de açúcar encerraram em queda nesta quinta-feira (15) nas principais bolsas internacionais. A desvalorização reflete o cenário de aumento da oferta global, conforme apontam projeções de consultorias especializadas.

Estimativas de produção para a safra 2025/26

A consultoria DATAGRO revisou para cima suas estimativas de produção de açúcar no Brasil, prevendo um volume de 42,04 milhões de toneladas, contra os 40,17 milhões registrados na safra anterior.

Outros países também devem ampliar sua produção:

  • Índia: de 26 milhões para 31,6 milhões de toneladas
  • Tailândia: de 10,05 milhões para 11,18 milhões de toneladas

Com isso, a DATAGRO projeta um superávit global de 1,53 milhão de toneladas em 2025/26. Já a StoneX estima um excedente ainda maior, de 3,74 milhões de toneladas, e uma produção no Centro-Sul do Brasil de 41,8 milhões de toneladas.

Fatores adicionais de pressão sobre os preços

Além da expectativa de maior oferta, outros elementos também influenciaram a queda das cotações:

  • Valorização do dólar frente ao real
  • Queda nos preços do petróleo, registrada na terça-feira (30)
Desempenho nas bolsas internacionais

Todos os contratos de açúcar fecharam em baixa nas bolsas de Nova York e Londres:

ICE Futures (Nova York):

  • Julho/25: queda de 39 pontos, cotado a 17,67 centavos de dólar por libra-peso
  • Outubro/25: recuo de 41 pontos, a 17,83 centavos de dólar por libra-peso

ICE Europe (Londres):

  • Agosto/25: perda de US$ 10,90, negociado a US$ 493,00 por tonelada
  • Outubro/25: queda de US$ 10,00, cotado a US$ 489,30 por tonelada
Açúcar cristal no mercado interno

O Indicador Cepea/Esalq, da USP, registrou recuo de 0,50% no preço do açúcar cristal. A saca de 50 kg foi negociada a R$ 138,02.

Etanol hidratado também tem leve queda

De acordo com o Indicador Diário Paulínia, o etanol hidratado apresentou leve baixa de 0,04%, com preço de R$ 2.804,00 por metro cúbico nas usinas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio