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Expectativa de Quebra na Safra de Café Arábica do Brasil em 2025 é Menor que o Esperado, Avalia illycaffè

Embora as condições climáticas de 2024 tenham gerado preocupações sobre a produção de café arábica no Brasil, uma análise feita pela illycaffè aponta que a queda na safra de 2025 não deve ser tão significativa quanto se imaginava inicialmente. A empresa, líder no mercado de café premium, acredita que as chuvas de abril ajudaram a mitigar as perdas e que o impacto da safra será observado principalmente na qualidade dos grãos, com a possível ocorrência de mais grãos chochos.

Previsões de Produção para 2025

A previsão de uma queda na produção de café arábica no Brasil em 2025 não deve ser tão acentuada, de acordo com o presidente da illycaffè, Andrea Illy. Ele destacou que as chuvas ocorridas em abril podem ter contribuído para a recuperação dos frutos, o que ajudou a reduzir os impactos da seca prolongada. No entanto, a possível quantidade de grãos chochos é uma preocupação que deve ser observada de perto durante a colheita.

Em coletiva de imprensa, Andrea Illy afirmou que, embora a quebra de safra seja difícil de calcular, ela não justifica os preços elevados do café no mercado internacional. “Esse preço de US$4 não é indicativo da oferta e demanda, é uma bola especulativa, que foi favorecida pela dupla seca no Vietnã e Brasil”, afirmou, referindo-se à recente alta nos preços que superaram os US$4 por libra-peso.

Atualmente, o café arábica na bolsa ICE está cotado em torno de US$3,82/libra-peso, um valor ainda elevado, mas abaixo dos picos anteriores.

Expectativas de Preços e Impacto Climático

Illy também comentou que acredita que o pico de preços já passou, prevendo uma estabilização nos valores do café. Ele vê a safra de 2026 do Brasil como uma possível nova máxima histórica, caso as condições climáticas favoreçam a produção.

Embora a seca severa de 2024 e as condições secas do verão de 2025 tenham diminuído o potencial produtivo, as chuvas mais abundantes em meses como abril e janeiro trouxeram uma recuperação parcial às lavouras.

Impacto da Qualidade do Grão

A avaliação sobre a qualidade da safra também foi discutida por Aldir Teixeira, diretor da Experimental Agrícola, empresa que realiza compras de café para a illycaffè no Brasil. Teixeira mencionou que o impacto das chuvas nas lavouras foi positivo, mas não descartou a possibilidade de uma porcentagem considerável de grãos chochos e mal formados.

“A falta de água durante o veranico, especialmente em fevereiro, afetou o desenvolvimento dos grãos, mas a chuva que se seguiu ajudou a recuperar parte da produção. No entanto, o impacto na qualidade será evidente apenas na colheita”, afirmou Teixeira.

Ele também alertou que a quantidade de grãos chochos nesta safra pode ser significativamente maior em comparação com uma safra normal, estimando até 12% de grãos chochos, um percentual consideravelmente alto. Em safras boas, a quantidade de grãos chochos raramente ultrapassa 1%.

O cenário para a safra de café arábica do Brasil em 2025 é de cautela. Embora a quantidade de café produzida não deva sofrer uma queda tão drástica quanto o inicialmente previsto, a qualidade dos grãos pode ser afetada por fatores climáticos, com a possibilidade de maior presença de grãos chochos. O mercado deverá acompanhar atentamente a evolução da colheita e as possíveis repercussões no preço e na qualidade do café brasileiro, principal produto de exportação do país.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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