As exportações britânicas de commodities agrícolas para a União Europeia podem ter um crescimento de aproximadamente 16%, conforme estimativas divulgadas nesta segunda-feira (20) pelo governo do Reino Unido. O avanço projetado está relacionado a um novo acordo sanitário e fitossanitário entre as duas partes.
Importações europeias também devem crescer
Segundo o documento técnico que embasou a projeção, o acordo também tende a favorecer o fluxo comercial no sentido contrário: as importações da União Europeia oriundas do Reino Unido podem aumentar cerca de 8%, abrindo espaço para uma relação comercial mais fluida no setor agroalimentar.
Sem data definida para mudanças
Apesar do otimismo das estimativas, o relatório oficial não estabelece um cronograma para a efetivação das mudanças previstas. A implementação dependerá de negociações políticas e de adequações técnicas nas cadeias logísticas e regulatórias.
Impactos esperados no setor agropecuário
O novo acordo poderá beneficiar principalmente os segmentos de produtos frescos, como carnes, laticínios, frutas e vegetais, que atualmente enfrentam barreiras sanitárias mais rigorosas após o Brexit. Com regras harmonizadas, a expectativa é de redução nos custos de conformidade e liberação mais ágil nas fronteiras.
Especialistas apontam que produtores de carne bovina, ovina e suína, além do setor de laticínios, devem ser os mais beneficiados. Esses segmentos foram duramente impactados pelas exigências fitossanitárias impostas após a saída do Reino Unido da UE, com perdas logísticas e aumento nos custos de exportação.
Brexit e desafios comerciais
Desde a saída oficial do Reino Unido da União Europeia, em 2020, o setor agrícola britânico tem enfrentado dificuldades para manter a competitividade no mercado europeu devido ao aumento de exigências regulatórias e à burocracia aduaneira.
O novo acordo sanitário representa uma tentativa de restabelecer parte da fluidez comercial perdida com o Brexit, especialmente no comércio de produtos perecíveis, que são sensíveis a atrasos.
Cenário ainda requer cautela
Apesar das projeções positivas, analistas alertam que a efetivação dos benefícios dependerá do andamento das negociações técnicas e políticas entre o Reino Unido e o bloco europeu. Além disso, o ambiente geopolítico e a evolução das políticas agrícolas de ambos os lados podem influenciar os resultados esperados.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio