Haddad aponta que inflação vai cair se metas fiscais forem cumpridas e BC agir corretamente

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Em entrevista concedida ao UOL nesta segunda-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a inflação no Brasil tem potencial para cair, desde que o governo federal cumpra as metas fiscais estabelecidas e o Banco Central (BC) desempenhe adequadamente seu papel. Segundo o ministro, a aposta do governo é no cumprimento dos objetivos fiscais para os próximos anos, o que trará maior estabilidade econômica.

Metas fiscais como caminho para o controle da inflação

De acordo com Haddad, a principal preocupação do Ministério da Fazenda é garantir o cumprimento das metas fiscais já estipuladas. O ministro reafirmou o compromisso do governo em alcançar um déficit zero em 2025 e um superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026.

“A Fazenda não está pensando em nada, do ponto de vista fiscal, além de cumprir as metas estabelecidas, não há outro plano de voo que não seja esse”, disse Haddad, destacando a seriedade com que o governo tem encarado os desafios fiscais.

Juros elevados e a autonomia do Banco Central

Haddad também abordou a questão dos juros no Brasil, considerando-os elevados. O ministro afirmou que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem total autonomia para tomar decisões sobre a política monetária e destacou a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no trabalho do BC.

De acordo com Haddad, o governo acredita que o BC tem tomado as medidas necessárias, mas é importante que o Banco Central continue atuando com autonomia para alcançar os objetivos de controle da inflação.

Estudo sobre preços do café e aumento da demanda global

O ministro revelou que o Ministério da Fazenda está avaliando a elevação dos preços do café, que tem sido impulsionada pela crescente demanda global pelo produto. Para isso, um grupo de trabalho específico foi formado para estudar as variáveis do mercado do café e buscar soluções para minimizar impactos econômicos.

Brasil e sua postura multilateral nas negociações globais

Em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, Haddad afirmou que o Brasil não tomará partido de nenhum dos dois países. O ministro ressaltou que o Brasil deve adotar uma postura multilateral nas negociações internacionais, buscando fortalecer suas relações comerciais com diferentes parceiros ao redor do mundo.

Haddad reiterou que os Estados Unidos possuem superávit comercial com a América do Sul e, por isso, não faria sentido taxar os países dessa região.

Com metas fiscais claras e o compromisso de manter a estabilidade econômica, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva busca um ambiente favorável para o controle da inflação e o crescimento sustentável. Ao mesmo tempo, a postura multilateral do Brasil nas negociações internacionais mostra que o país segue firme em sua estratégia de fortalecimento das relações comerciais globais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio