Os preços do café registraram ganhos moderados nas bolsas internacionais na manhã desta segunda-feira (19), com o mercado atento ao início da safra brasileira e à possibilidade de um novo déficit global entre produção e consumo da bebida.
Déficit global preocupa o setor
De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Fraga Moreira, mesmo com colheitas robustas esperadas para os principais países produtores — como Brasil (64 milhões de sacas), Colômbia (15 milhões) e Vietnã (28,4 milhões) — o mundo ainda deve enfrentar um desequilíbrio entre oferta e demanda. O déficit pode variar entre 9 e 17 milhões de sacas.
“Se a estimativa da Conab se confirmar, o déficit global deve ultrapassar as 15 milhões de sacas, mantendo o índice estoque/consumo em níveis críticos, novamente abaixo de 3%”, ressaltou o analista.
Estoques baixos pressionam o mercado
Segundo boletim do Escritório Carvalhaes, mesmo com projeções otimistas para a produção de café do Brasil em 2025, o mercado permanece pressionado. A nova temporada, que se inicia em julho, deve seguir com cenário apertado, refletindo estoques de passagem historicamente baixos ao final de junho. Além disso, os números mais recentes indicam que a próxima safra será semelhante à atual em volume.
Desempenho das cotações nas bolsas
Por volta das 9h (horário de Brasília), o café arábica apresentava variações nos contratos futuros:
- Maio/25: queda de 870 pontos, cotado a 376,25 cents por libra-peso
- Julho/25: alta de 320 pontos, a 368,85 cents/lbp
- Setembro/25: alta de 320 pontos, a 365,70 cents/lbp
- Dezembro/25: alta de 300 pontos, negociado a 360,50 cents/lbp
O café robusta também mostrava movimentações:
- Maio/25: queda de US$ 106, cotado a US$ 4.816 por tonelada
- Julho/25: alta de US$ 69, a US$ 4.934/t
- Setembro/25: alta de US$ 63, a US$ 4.923/t
- Novembro/25: alta de US$ 64, negociado a US$ 4.894/t
Perspectiva é de volatilidade
Com o início da nova safra brasileira e estoques globais apertados, o mercado segue atento às atualizações climáticas e aos próximos relatórios oficiais de produção. A expectativa é de continuidade na volatilidade dos preços nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio