O mercado internacional do café iniciou a manhã desta quinta-feira (22) com recuos superiores a 1% nas principais bolsas de negociação. Segundo informações da Hedgepoint, a colheita brasileira, que já está em andamento, tem papel crucial para o mercado global, uma vez que o Brasil representa cerca de 40% do comércio mundial da commodity.
Estoques globais seguem apertados, mesmo com boa produção
Apesar do avanço da safra no Brasil, o analista Marcelo Fraga Moreira, da Archer Consulting, afirma que o cenário global permanece inalterado no aspecto fundamental. “Os estoques continuam justos e a produção mundial ainda projeta um déficit frente ao consumo, que pode variar entre 9 e 17 milhões de sacas. A estimativa para o índice estoque x consumo global no final de junho de 2026 segue praticamente zerada”, declarou ao portal Investing.
Boletim alerta para continuidade de equilíbrio frágil no mercado
O Escritório Carvalhaes reforça, em seu boletim, que mesmo com previsões mais positivas para a produção brasileira em 2025, o mercado ainda enfrentará um panorama apertado no novo ano-safra, que se inicia em julho. O frágil equilíbrio entre oferta e demanda deve continuar, com projeções que indicam pouca folga entre produção e consumo global.
Preços do arábica recuam em Nova York
Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos futuros do café arábica operavam em queda na Bolsa de Nova York:
- Julho/25: baixa de 545 pontos, cotado a 364,85 cents/lbp
- Setembro/25: recuo de 520 pontos, a 362,25 cents/lbp
- Dezembro/25: desvalorização de 525 pontos, a 357,15 cents/lbp
- Robusta tem variações mistas em Londres
Na Bolsa de Londres, os preços do café robusta apresentavam comportamento misto:
- Maio/25: leve alta de US$ 6, negociado a US$ 4.884/tonelada
- Julho/25: queda de US$ 79, a US$ 4.824/tonelada
- Setembro/25: baixa de US$ 74, cotado a US$ 4.815/tonelada
- Novembro/25: recuo de US$ 70, a US$ 4.786/tonelada
Clima seco favorece colheita, mas reduz umidade do solo
De acordo com a Climatempo, o tempo seco deve continuar predominando sobre grande parte das áreas produtoras de café, com temperaturas elevadas. Essa condição é positiva para o avanço da colheita, mas acentua a redução da umidade do solo, o que pode impactar etapas futuras do cultivo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio