Cenário geral de volatilidade
O mercado internacional do café abriu esta quarta-feira (28) com queda nos preços, refletindo um cenário de volatilidade que tem marcado as negociações nas últimas semanas. Fatores como o andamento da safra brasileira e as condições climáticas seguem influenciando o comportamento das cotações nas bolsas.
Safra brasileira avança com destaque para o conilon
Segundo boletim do Escritório Carvalhaes, a colheita do café conilon no Brasil está avançando em ritmo satisfatório. Já a colheita do arábica começa a se desenvolver, conforme o esperado para esta época do ano.
Os primeiros dados apontam para uma safra maior de conilon em comparação a 2024. Por outro lado, a produção de arábica tende a ser menor que a registrada na última temporada. No entanto, os analistas alertam que ainda é cedo para conclusões definitivas sobre o tamanho total da safra.
Oferta maior pressiona os preços
De acordo com relatório da Pine Agronegócios, a perspectiva de menor oferta de arábica contrasta com a colheita robusta de conilon. Esse cenário vem contribuindo para manter os preços em níveis mais baixos.
Com uma oferta elevada e uma competitividade reduzida, produtores que não estejam capitalizados podem precisar antecipar vendas para garantir liquidez e fazer caixa, aponta o relatório.
Clima e logística devem impactar o mercado
O analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Fraga Moreira, destaca dois fatores que devem influenciar os preços nas próximas semanas: a chegada do inverno no hemisfério sul, com possibilidade de geadas, e a movimentação antecipada das tradings para garantir o embarque de café entre outubro e novembro de 2025, principalmente com destino à Europa.
Cotações registram quedas nesta manhã
Às 9h (horário de Brasília), o café arábica operava com as seguintes variações nos contratos futuros:
- Julho/25: queda de 540 pontos, cotado a 356,30 cents/lbp
- Setembro/25: recuo de 545 pontos, a 354,00 cents/lbp
Dezembro/25: baixa de 560 pontos, negociado a 349,50 cents/lbp
No mercado de robusta, os contratos também apresentavam desvalorizações:
- Julho/25: queda de US$ 89, cotado a US$ 4.607 por tonelada
- Setembro/25: recuo de US$ 88, a US$ 4.604 por tonelada
- Novembro/25: baixa de US$ 85, com valor de US$ 4.585 por tonelada
A combinação entre o avanço da colheita brasileira, principalmente do conilon, e fatores climáticos como o risco de geadas no inverno, está moldando o comportamento do mercado de café neste momento. A expectativa de safra menor de arábica, por sua vez, segue no radar dos investidores e pode impactar os preços nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio