A pressão sobre o mercado de milho no Rio Grande do Sul aumentou, impulsionada pelo avanço da gripe aviária e pela safra já comprometida. Segundo a TF Agroeconômica, os preços de compra seguem firmes: R$ 66,00 por saca em Santa Rosa e Ijuí; R$ 67,00 em Não-Me-Toque; R$ 68,00 em Marau, Gaurama e Seberi; e R$ 69,00 em Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro. As ofertas dos vendedores variam entre R$ 65,00 e R$ 70,00, o que mostra um ambiente ainda travado e resistente à queda de preços. Em Panambi, a saca recuou para R$ 61,00.
A incerteza sanitária e a restrição na oferta mantêm o mercado sob tensão. Santa Catarina se destaca ao lado do Paraná com produtividade média próxima de 10 toneladas por hectare. No curto prazo, a comercialização deve continuar lenta até o avanço da colheita melhorar a oferta e permitir maior flexibilidade nos preços.
Santa Catarina: estabilidade nos portos e nas cooperativas
Nos portos, os valores permanecem em R$ 72,00 por saca para entrega em agosto (pagamento em 30/09) e R$ 73,00 para entrega em outubro (pagamento em 28/11). As cooperativas locais mantêm os preços em R$ 69,00 em Papanduva, R$ 70,00 em Campo Alegre e R$ 71,00 no oeste e na serra catarinense.
Paraná: pouca movimentação e preços em queda
O mercado de milho no Paraná também segue travado, com baixa demanda e ritmo lento de comercialização. Isso tem gerado quedas nos preços em várias regiões do estado. No Oeste Paranaense, a saca é negociada a R$ 59,36, com recuo de 1,17%. Na Região Metropolitana de Curitiba, caiu para R$ 61,46 (-1,13%). No Norte Central, o preço é de R$ 60,32 (-1,15%) e, no Centro Oriental, R$ 61,10 (-1,13%).
Mato Grosso do Sul: leve alta em algumas regiões, mas ritmo continua lento
Em Mato Grosso do Sul, os preços oscilaram, embora o ritmo de negociação permaneça lento. Em Dourados e Campo Grande, a saca subiu 1,60%, sendo cotada a R$ 60,97. Em Maracaju, os preços se mantiveram em R$ 59,00. Em Chapadão do Sul, houve alta de 0,88%, com a saca a R$ 59,49. Já em Sidrolândia, a valorização foi de 1,67%, com o preço chegando a R$ 61,00.
Bolsa de São Paulo (B3): milho em alta com suporte de Chicago e dólar
As cotações do milho na B3 fecharam em alta, apoiadas pelos ganhos na Bolsa de Chicago (1,56%) e pela valorização do dólar (0,26%). A TF Agroeconômica aponta que o movimento pode indicar uma correção entre os preços dos mercados físico e futuro, após o encerramento do contrato de maio.
A demanda interna elevada também pode limitar quedas futuras. Problemas climáticos na China, que afetam o plantio de milho e trigo, podem influenciar as exportações brasileiras nas próximas semanas.
Os contratos futuros fecharam com valorização:
- Julho/25: R$ 62,97 (+R$ 0,90 no dia, +R$ 0,93 na semana);
- Setembro/25: R$ 64,31 (+R$ 1,14 no dia, +R$ 0,53 na semana);
- Novembro/25: R$ 67,65 (+R$ 0,65 no dia, +R$ 0,12 na semana).
Bolsa de Chicago: recomposição de posições e clima adverso impulsionam cotações
Na Bolsa de Chicago, o milho também fechou em alta. O contrato de julho, referência para a safra de verão brasileira, subiu 1,56% ou 7,00 cents/bushel, cotado a US$ 454,50. Outro vencimento de julho registrou alta de 1,63%, encerrando a US$ 435,25.
Operadores aproveitaram os preços mais baixos dos últimos dias para recompor posições. Analistas começam a considerar dois novos cenários para o plantio da safra 2025/26 nos Estados Unidos: um deles é que os preços baixos podem levar parte dos produtores a migrar para a soja.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio