Mercado do milho registra volatilidade em Chicago e queda na B3, enquanto oferta segue travada no Sul do Brasil

0
29
Volatilidade marca os contratos futuros de milho em Chicago nesta sexta-feira (14)

Os contratos futuros de milho operam de forma instável nesta sexta-feira (14) na Bolsa de Chicago (CBOT). Os vencimentos alternam entre leves altas, quedas e estabilidade. Por volta das 9h11 (horário de Brasília), os valores estavam assim:

  • Julho/25: alta de 1,00 ponto, a US$ 4,49/bushel
  • Setembro/25: queda de 0,25 ponto, a US$ 4,24/bushel
  • Dezembro/25: estável, a US$ 4,38/bushel
  • Março/26: queda de 0,50 ponto, a US$ 4,53/bushel

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 62% da safra de milho americana já estava plantada até o último domingo, superando a média histórica de 56%. Além disso, 28% das lavouras já haviam emergido, contra a média de 21% para o período.

As previsões climáticas indicam chuvas no Meio-Oeste americano na próxima semana, o que deve beneficiar o crescimento inicial das lavouras de milho e soja. O Commodity Weather Group apontou que as precipitações previstas devem recarregar a umidade do solo em áreas-chave da produção.

Contratos futuros do milho operam em queda na B3 após dados da Conab

Na B3, o mercado futuro do milho também apresentou tendência negativa nesta sexta-feira (14). Por volta das 9h21, os principais vencimentos registravam:

  • Julho/25: R$ 62,42/saca, com queda de 0,13%
  • Setembro/25: R$ 64,30/saca, com recuo de 0,14%

Segundo a Agrifatto Consultoria, o mercado futuro foi pressionado pelo aumento da produção estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que reforça a expectativa de uma safra cheia. Com a colheita da segunda safra se aproximando, a tendência é de continuidade na pressão de preços no curto prazo.

Oferta segue limitada no Sul do Brasil e preços variam por região

Rio Grande do Sul: baixa oferta e resistência dos produtores

No estado, o mercado permanece lento, com produtores negociando apenas em situações de necessidade. As referências de preços por região são:

  • Santa Rosa e Ijuí: R$ 66,00/saca
  • Não-Me-Toque e Seberi: R$ 67,00/saca
  • Marau e Gaurama: R$ 68,00/saca
  • Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro: R$ 69,00/saca
  • Panambi: R$ 62,00/saca

Apesar da pressão dos compradores, os vendedores seguem resistentes à queda de preços, segundo a TF Agroeconômica.

Santa Catarina: mercado parado à espera da colheita

A movimentação está travada no estado, com expectativa de melhora na oferta com o avanço da colheita. No Planalto Norte, há discrepância entre oferta e demanda:

  • Vendedores pedem: R$ 82,00/saca
  • Compradores oferecem: até R$ 79,00/saca
  • No porto, os preços estão em:
  • R$ 72,00/saca para entrega em agosto (pagamento em 30/09)
  • R$ 73,00/saca para entrega em outubro (pagamento em 28/11)

Nas cooperativas locais:

  • Papanduva: R$ 69,00/saca
  • Campo Alegre: R$ 70,00/saca
  • Oeste e região serrana: R$ 71,00/saca
  • Paraná: mercado lento, mas com expectativa de recuperação

O mercado paranaense segue pressionado pela fraca demanda e pelo baixo volume de negócios. Cotações regionais:

  • Centro Oriental: R$ 67,54/saca
  • Oeste: R$ 66,78/saca
  • Curitiba e região metropolitana: R$ 68,93/saca
  • Norte Central: R$ 66,74/saca
  • Campos Gerais (entrega imediata): R$ 76,00/saca FOB
  • Entrega em junho (pagamento no fim do mês): R$ 73,00/saca CIF para a indústria
  • Mato Grosso do Sul: mercado travado e preços em queda

O ritmo de negócios no Mato Grosso do Sul continua lento, com oferta ainda restrita e compradores cautelosos diante da proximidade da colheita da safrinha. Destaques regionais:

  • Chapadão do Sul e São Gabriel do Oeste: milho negociado a R$ 56,00/saca

O mercado de milho, tanto no ambiente futuro quanto no físico, atravessa um momento de instabilidade. Fatores climáticos nos EUA, expectativa de safra cheia no Brasil e a proximidade da colheita mantêm a pressão sobre os preços. No mercado interno, a oferta segue restrita em diversas regiões do Sul do país, o que trava as negociações e provoca variações regionais de preço.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio