Oferta global em alta pressiona cotações do café nas bolsas internacionais

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Mercado do café inicia sexta-feira com novas baixas nas bolsas internacionais

Os preços do café abriram a sexta-feira (30) em queda nas principais bolsas internacionais, mantendo a tendência de baixa observada nas últimas semanas. O movimento é reflexo do aumento da oferta global, impulsionado por perspectivas de safra maior e crescimento dos estoques.

Safra brasileira influencia o cenário de preços

De acordo com boletim divulgado pelo Escritório Carvalhaes, a colheita de café conilon avança em ritmo satisfatório no Brasil. No Espírito Santo e no sul da Bahia, os trabalhos já atingiram cerca de 25% da área cultivada. Já a colheita de café arábica está apenas começando em algumas regiões produtoras.

As primeiras estimativas apontam para um cenário de aumento na produção de conilon em comparação com 2024, enquanto a safra de arábica tende a ser menor que a atual. No entanto, especialistas ainda consideram prematuro fazer projeções mais precisas sobre os volumes finais.

Estoques em alta reforçam pressão sobre as cotações

Segundo dados do Barchart, os estoques de café robusta na bolsa ICE subiram significativamente, atingindo 5.438 lotes na última sexta-feira (23), o maior volume dos últimos oito meses. Já os estoques de arábica chegaram a 892.468 sacas na terça-feira (27), o maior patamar em três meses e meio. Esse aumento nos estoques contribui para a pressão sobre os preços.

Queda nas cotações do arábica e do robusta

Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos futuros de café apresentavam as seguintes variações:

  • Arábica:
    • Julho/25: queda de 75 pontos, cotado a 347,65 cents/lbp
    • Setembro/25: recuo de 60 pontos, a 345,00 cents/lbp
    • Dezembro/25: baixa de 90 pontos, a 340,35 cents/lbp
  • Robusta:
    • Julho/25: queda de US$ 17, negociado a US$ 4.549/tonelada
    • Setembro/25: baixa de US$ 25, a US$ 4.505/tonelada
    • Novembro/25: recuo de US$ 18, cotado a US$ 4.473/tonelada
Perspectivas

Com o avanço da colheita no Brasil e a recomposição dos estoques internacionais, o mercado segue atento às atualizações sobre a produtividade e qualidade da safra, fatores que devem continuar influenciando o comportamento dos preços nas próximas semanas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio