Os contratos futuros do café começaram a terça-feira (20) com variações distintas nas bolsas internacionais. Enquanto o café arábica apresentava ganhos moderados, o robusta recuava nos vencimentos mais próximos.
Safra brasileira de 2025 mantém mercado em alerta
De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, mesmo com estimativas mais otimistas para a produção brasileira em 2025, o mercado segue apertado. Os estoques de passagem até o fim de junho tendem a ser historicamente baixos, e os números mais recentes indicam que a safra 2025 será semelhante à atual.
“O equilíbrio precário entre produção e consumo global vai continuar no ano-safra 2025/2026”, destaca o boletim.
Rabobank projeta queda na produção total, com recorde para o conilon
Relatório do Rabobank mostra que, em maio, os preços do café arábica no Brasil subiram 4% em relação ao mês anterior, enquanto o conilon recuou 2%, pressionado por uma colheita fraca de arábica e expectativas de safra recorde para o conilon.
Segundo o banco holandês, a safra 2025/26 deve atingir 62,8 milhões de sacas, uma queda de 6,4% em relação ao ciclo anterior. A produção de arábica está estimada em 38,1 milhões de sacas, representando queda de 13,6%. Já o conilon deve alcançar 24,7 milhões de sacas, alta de 7,3% — o maior volume já registrado.
Cotações do arábica registram alta nos contratos futuros
Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos de café arábica registravam as seguintes variações:
- Julho/25: alta de 45 pontos, cotado a 375,15 cents/lbp;
- Setembro/25: alta de 35 pontos, negociado a 371,80 cents/lbp;
- Dezembro/25: alta de 15 pontos, a 366,00 cents/lbp.
Futuros do robusta recuam nos principais vencimentos
No mesmo horário, os contratos de café robusta apresentavam perdas:
- Maio/25: alta pontual de US$ 132, cotado a US$ 4.948/tonelada;
- Julho/25: baixa de US$ 41, a US$ 4.932/tonelada;
- Setembro/25: queda de US$ 31, negociado a US$ 4.931/tonelada;
- Novembro/25: recuo de US$ 38, a US$ 4.885/tonelada.
Condições climáticas favorecem colheita, mas preocupam quanto à umidade do solo
Segundo a Climatempo, a semana será marcada por um bloqueio atmosférico que dificulta a formação de chuvas no interior do país. As principais regiões produtoras de café seguem sob tempo seco e quente, com temperaturas acima da média, especialmente durante as tardes.
Apesar de favorecerem o avanço da colheita, essas condições intensificam a redução da umidade no solo, o que pode impactar o desenvolvimento futuro das lavouras.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio