O presidente da Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde, Airton Callai, compartilhou um vídeo por meio de suas redes sociais onde faz um firme pronunciamento em defesa da liberdade de imprensa e da atuação dos veículos de comunicação da cidade, reforçando o papel essencial da imprensa no fortalecimento da democracia local. Durante sua manifestação, Callai destacou a importância de se respeitar o trabalho jornalístico, reiterando que a imprensa luverdense é livre e deve continuar atuando com independência editorial.
Segundo o presidente do Legislativo, os profissionais da imprensa, assim como qualquer trabalhador, enfrentam os desafios cotidianos de manter suas atividades funcionando, com obrigações como pagamento de salários, impostos e estrutura operacional. “A imprensa é livre para fazer a sua linha editorial. Eles têm no final do mês um funcionário para pagar, um aluguel para pagar, um imposto para pagar. Então têm que sim fazer o trabalho comercial deles”, declarou Callai.
A fala do presidente surge como um posicionamento institucional diante de recentes questionamentos públicos à conduta da imprensa local. Sem citar nomes de veículos ou episódios específicos, Callai foi enfático ao afirmar que acusações genéricas contra a imprensa são levianas e injustas. “Quando dizem que tem gente que recebe para não divulgar matéria de determinado vereador, é preciso que não generalize. Tem que pegar e dizer o nome do veículo”, afirmou, acrescentando que muitos portais divulgam informações gratuitamente em benefício da população.
Além do pronunciamento de Callai, a polêmica também motivou a divulgação de uma Nota Pública da Associação Luverdense de Imprensa (ALI), que manifestou profunda preocupação com as declarações do vereador Helio Kaminski, divulgadas em suas redes sociais. Na nota, a ALI critica a falta de identificação do veículo supostamente envolvido, alertando que isso gera generalizações injustas e prejudiciais a toda a categoria. A entidade afirma que a imprensa local é formada por profissionais e empresas sérias, com compromisso com a verdade, independência editorial e responsabilidade social.
A nota da ALI também reforça que não compactua com qualquer prática que fira os princípios éticos do jornalismo e que, caso o parlamentar tenha se sentido constrangido ou coagido, deve formalizar denúncia junto aos órgãos competentes, visto que tal conduta pode configurar crime de extorsão. Ao mesmo tempo, a entidade pondera que é necessário avaliar se o episódio não se trata, na verdade, da apresentação legítima de uma proposta comercial para garantir visibilidade a ações parlamentares, prática comum e legal na atividade jornalística.
Por fim, a associação destaca que acusações públicas sem provas enfraquecem o debate democrático e comprometem a confiança da população no papel fiscalizador da imprensa, reiterando seu compromisso com a ética, a liberdade de imprensa e o direito da sociedade à informação clara, imparcial e responsável.
O discurso de Airton Callai e a nota da ALI refletem uma preocupação compartilhada por diversos setores da sociedade: a preservação da liberdade de imprensa como ferramenta indispensável para a construção de uma cidade mais transparente, democrática e bem informada. Em tempos de discursos polarizados, a valorização do jornalismo responsável se mostra mais necessária do que nunca.
