Reposição fluida impulsiona preços no início do mês
O mês de abril foi marcado por um cenário positivo para a suinocultura brasileira. De acordo com o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, a primeira quinzena do mês registrou forte fluidez na reposição entre atacado e varejo, impulsionada pela capitalização das famílias e pelo aumento do consumo motivado pela Páscoa.
Além disso, a oferta enxuta de animais diante da demanda da indústria contribuiu para a elevação dos preços. “A expectativa era de consumo aquecido, e isso se confirmou, favorecendo a formação dos preços”, destacou Maia.
Preços sustentados na segunda metade do mês
Após o período pascal, na segunda quinzena de abril, o ritmo da reposição perdeu força, mas os preços se mantiveram estáveis. “Mesmo com a leve retração na reposição, os preços encontraram sustentação”, afirmou o analista.
Exportações fortalecem o mercado interno
O desempenho do mercado externo também colaborou para o cenário positivo. As exportações brasileiras de carne suína permaneceram em níveis elevados, contribuindo para reduzir a oferta no mercado doméstico e, consequentemente, sustentar os preços internos. “A exportação segue forte, o que ajuda a enxugar a disponibilidade no mercado interno”, concluiu Maia.
Evolução dos preços no mercado interno
Levantamento da Safras & Mercado apontou que, embora algumas praças tenham registrado quedas pontuais nos preços do suíno vivo, a média geral do Centro-Sul do país apresentou alta de 4,93%, passando de R$ 7,44 para R$ 7,80/kg.
No atacado, os preços dos cortes de pernil subiram 6,14%, indo de R$ 13,38 para R$ 14,20/kg. A carcaça suína valorizou 8,62%, com preços avançando de R$ 11,61 para R$ 12,61/kg.
Em São Paulo, a arroba suína teve elevação de R$ 153,00 para R$ 163,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o preço do quilo vivo se manteve em R$ 6,60, enquanto no interior do estado subiu de R$ 7,95 para R$ 8,25.
Em Santa Catarina, o valor da integração permaneceu em R$ 6,60, e no mercado livre houve alta de R$ 7,65 para R$ 8,20. No Paraná, o quilo vivo avançou de R$ 7,75 para R$ 8,25 no mercado livre e se manteve em R$ 6,65 na integração.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 7,30 para R$ 7,70, e na integração seguiu em R$ 6,60. Em Goiânia, o preço passou de R$ 7,50 para R$ 8,40, enquanto no interior de Minas Gerais, os valores variaram de R$ 8,00 para R$ 8,60 e, no mercado independente, de R$ 8,10 para R$ 8,80.
Já em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 7,45 para R$ 7,70, com a integração no estado permanecendo em R$ 7,05.
Exportações em alta consolidam bom momento
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras de carne suína in natura renderam US$ 245,838 milhões em abril (com 17 dias úteis), com média diária de US$ 14,461 milhões.
O volume total exportado foi de 99,060 mil toneladas, o que corresponde a uma média diária de 5,827 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 2.481,70.
Comparando-se a abril de 2024, houve alta de 42,9% no valor médio diário, 32,5% no volume médio diário exportado e 7,9% no preço médio da tonelada, consolidando o bom desempenho do setor também no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio