A colheita da soja no Rio Grande do Sul está praticamente concluída, com 98% da área colhida até a primeira metade da semana. O avanço foi impulsionado pelo tempo seco, que acelerou o trabalho diante da previsão de chuvas para o final do período. Conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado em 15 de maio, as precipitações escassas em abril permitiram a colheita de materiais com alta desidratação, embora tenha havido perdas por debulha natural. Restam apenas 2% da área para colher, incluindo locais de replante, várzeas com cultivares de ciclo tardio e talhões semeados tardiamente, que devem ser finalizados nos próximos dias.
Redução na produtividade da soja
A Emater/RS-Ascar revisou a produtividade média estadual para 1.957 kg/ha, uma queda de 38,43% em relação à projeção inicial de 3.179 kg/ha antes do plantio. As produtividades variam significativamente conforme a região: de 1.388 kg/ha em Bagé a 3.225 kg/ha em Caxias do Sul, influenciadas principalmente pela distribuição irregular das chuvas. Além das condições climáticas, fatores como época de semeadura, manejo do solo e o nível de investimento em insumos — reduzidos em parte dos produtores devido a restrições financeiras — também impactaram os resultados.
Clima favorece encerramento da safra de soja
Após as chuvas moderadas que atingiram as regiões restantes, o tempo firme deve facilitar o avanço das operações de colheita e o término da safra, tanto em áreas de coxilha quanto em várzeas. Embora algumas chuvas intensas tenham causado erosão laminar pontual no Oeste, não houve impacto relevante nas áreas já colhidas.
Colheita do milho segue lenta, mas estável
A colheita do milho alcançou 94% da área, com ritmo lento devido às chuvas que limitaram as operações em parte do período, mas sem atrasos significativos, já que parte das lavouras ainda está em fase final de maturação, especialmente as tardiamente plantadas ou de safrinha. Atualmente, 4% das áreas permanecem em maturação e 2% em enchimento de grãos.
Condições climáticas beneficiam o desenvolvimento do milho
As chuvas recentes ajudaram a repor a umidade do solo, melhorando a turgescência e as condições fisiológicas das plantas. O tempo ensolarado subsequente, combinado com temperaturas amenas, tem favorecido o avanço do ciclo fenológico, essencial para os estádios reprodutivos que exigem mais calor. Algumas áreas foram afetadas por ventos fortes, e essas devem ser destinadas a usos alternativos, como silagem ou pastejo, dependendo do estágio da planta.
Produtividade do milho é revisada para baixo
A produtividade do milho foi reestimada em 6.857 kg/ha, representando uma redução de 3,6% frente à estimativa inicial de 7.116 kg/ha.
Milho silagem tem colheita avançada, mas impactada por chuvas
A colheita do milho para silagem chegou a 96%, com 3% ainda em maturação fisiológica e 1% em enchimento de grãos. As precipitações recentes ajudaram a recuperar a turgescência foliar e a umidade das espigas, melhorando a qualidade nutricional da forragem, que vinha sendo afetada pelo déficit hídrico anterior.
Revisão na produtividade da silagem
A produtividade média do milho silagem foi ajustada para 35.934 kg/ha, uma queda de 6,52% em relação à estimativa inicial de 38.440 kg/ha.
Produtividade do arroz é revisada para cima
A produtividade do arroz no RS foi atualizada para 8.558 kg/ha, leve aumento de 0,9% sobre a previsão inicial de 8.478 kg/ha. Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), a área plantada estimada para a safra 2024/2025 é de 970.194 hectares — 7,8% maior que os 900.203 hectares da safra anterior. A produção estimada para este ciclo é de 8,30 milhões de toneladas, alta de 15,3% em relação aos 7,20 milhões produzidos em 2023/2024.
Feijão da primeira safra é finalizado com leve alta na produtividade
A colheita da primeira safra de feijão foi concluída, e a Emater/RS-Ascar revisou a produtividade para 1.870 kg/ha, 4,7% acima da estimativa inicial de 1.786 kg/ha.
Estimativa geral da Safra de Verão 2024/2025
A produção total de grãos está estimada em 26,47 milhões de toneladas, representando uma redução de 24,6% em relação à projeção inicial de 35,07 milhões de toneladas.
Essa reavaliação das produtividades e o avanço da colheita refletem os desafios climáticos e econômicos enfrentados pelos produtores no Rio Grande do Sul, que buscam concluir a safra dentro das condições mais favoráveis possíveis.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio