Santa Catarina adota medidas rigorosas de biossegurança após foco de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul

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A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) reforçou a importância do Comunicado Técnico emitido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), após a confirmação, no dia 15 de maio de 2025, do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil. O foco foi registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, e confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Doença não oferece riscos ao consumo de carne e ovos

O comunicado da CNA destaca que não há risco para o consumo de carne de frango ou ovos, conforme o Mapa. A Influenza Aviária não é transmitida por ingestão desses alimentos. O risco de infecção em humanos é considerado baixo e está restrito, em sua maioria, a profissionais que têm contato direto com aves vivas ou mortas infectadas.

Ações imediatas e notificação internacional

Todas as medidas de contenção e erradicação do foco foram acionadas pelas autoridades competentes. O governo brasileiro comunicou oficialmente o ocorrido à cadeia produtiva, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, além dos parceiros comerciais internacionais.

Brasil conta com sistema robusto de defesa sanitária

Segundo o comunicado da CNA, o país possui um sistema nacional de vigilância e contingência contra a Influenza Aviária, que inclui monitoramento ativo e passivo. Desde 2022, mais de 4 mil investigações foram conduzidas pelo Mapa em casos suspeitos.

Faesc destaca papel de SC na sanidade animal

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, reforçou que Santa Catarina é referência em sanidade animal e está entre os maiores exportadores de carne de frango do país. Ele enfatizou que “a atenção rigorosa à prevenção é imprescindível neste momento” e pediu o engajamento de produtores, técnicos e órgãos de fiscalização no reforço das medidas de biosseguridade.

Pedrozo acrescentou que as ações adotadas são fundamentais para conter a propagação da doença e evitar consequências para outras regiões do país.

Medidas anunciadas pelo governo de Santa Catarina

Diante do foco confirmado no estado vizinho, a Secretaria da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicaram a Nota Técnica n.º 001/2025, com diretrizes sanitárias para proteger a produção local e garantir a confiança dos países importadores.

Orientações aos veterinários e produtores

Veterinários da Cidasc foram instruídos a intensificar a vigilância e a investigação de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa (SRN) em aves, quadro no qual a IAAP se enquadra. A fiscalização e certificações de rotina em plantéis comerciais e de subsistência também passaram a contar com reforço nas orientações sobre biosseguridade.

Atenção redobrada e possíveis novas medidas

A SAR e a Cidasc alertam que o momento exige atenção máxima. Dada a importância econômica e social da avicultura para Santa Catarina, as medidas são consideradas essenciais. A depender da evolução do cenário epidemiológico, novas ações poderão ser implementadas.

Recomendações para produtores
  • Reforço da biosseguridade: impedir visitas de pessoas externas ao sistema de produção.
  • Aves com sinais clínicos não devem ser manipuladas.
  • Sinais de alerta incluem: dificuldades respiratórias, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo, movimentos giratórios ou mortalidade súbita e elevada.
  • Comunicação imediata é fundamental. Casos suspeitos devem ser notificados pelo sistema e-Sisbravet, nos links bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, ou diretamente nos escritórios da Cidasc.

A vigilância e o cumprimento das orientações sanitárias são essenciais para proteger a produção catarinense e evitar impactos na avicultura nacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio