sábado, 24 maio 2025
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Saúde divulga boletim de arboviroses de janeiro a maio deste ano

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Texto: Janaína Oliveira / Claudia Lazarotto Fotos: Arte
Autoridades alertam para o risco de surto no Município

Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), aponta que, de janeiro até o dia 20 de maio, deste ano, o número de casos de arboviroses como dengue, chikungunya e zika vírus. A dengue, por exemplo, foi registrada uma diminuição nos casos. Os números constam no Sinam Oon-line.

O Município registrou um aumento nos casos de dengue nos primeiros meses de 2025. De acordo com boletim epidemiológico atualizado, foram confirmados 93 casos entre janeiro e maio. Embora a maioria dos casos seja classificada como dengue clássica, um caso com sinais de alarme foi registrado em janeiro. Um caso grave de dengue foi confirmado em janeiro. Em paralelo, o número de casos descartados também aumentou, o que demonstra maior número de testagem, sendo 1073 procuras neste período, com 973 descartados.

Os registros de Chikungunya também chamam atenção: foram 614 casos confirmados, sendo os maiores picos em março, que registrou 230 casos, e abril, com 235 casos, a maioria concentrada em bairros como Bela Vista e Jonas Pinheiro Poranga.

Em casos de zika ainda são residuais, com apenas quatro descartes em cada mês, sem confirmações até o momento.

O segundo ciclo do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em março, mostrou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 3,5%, muito acima do aceitável, segundo o Ministério da Saúde, que considera índices acima de 1% como situação de risco para surto. O Índice de Breteau (IB), que mede a presença de criadouros do mosquito por 100 imóveis visitados, chegou a 4,1%.

Entre os bairros com os maiores índices de infestação destacam-se:

• Projeto Casulo: 9,09%

• Industrial Leonel Bedin: 10,29%

• Industrial Nova Prata: 9,74%

• Fraternidade: caiu de 11,58% no primeiro ciclo para 3,25% no segundo, mas segue em alerta.

A coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno, reforça o chamado à população para eliminar focos do mosquito dentro de casa, onde mais de 80% dos criadouros ainda são encontrados. “Vistorias, mutirões e ações educativas continuam sendo realizadas, mas o apoio da comunidade é considerado essencial. A vigilância e os cuidados simples em casa podem ser decisivos para evitar um surto desse vetor”.

A recomendação é que a população redobre os cuidados em relação a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor das três doenças, como ressalta a coordenadora de Vigilãncia em Saúde, Taynná Vacaro.

Dados apontam também o índice de infestação predial (IIP) do mosquito Aedes aegypti em patamares elevados em vários bairros. Bairros tradicionalmente afetados, como Boa Esperança, Estrela do Sul e Vila Bela, mantêm índices preocupantes que os colocam em alerta vermelho. A cobertura foi de 75,18% no 1º ciclo para 78,88% no 2º ciclo.

“Precisamos da mobilização social para a eliminação dos criadouros do mosquito que continuam sendo encontrados em vasos de plantas, recipientes expostos ao ar livre, caixas d’água destampadas e lixo doméstico acumulados. Sem o envolvimento da comunidade, não conseguiremos vencer essa batalha”, alerta a coordenadora de Vigilância em Saúde Taynná Vacaro.

Fiscalização

As equipes da Vigilância em Saúde Ambiental estão diariamente na rua realizando trabalho de instrução e alerta. As ações têm sido intensificadas com o apoio do Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF) e da Guarda Municipal, especialmente em casod em que residências não abrem as portas para a visita do agente de combate à endêmicas (ACE).

Em cada visita, seja em comércios, PEs ou residências que houver criadouros as larvas são coletadas e testadas para o Aedes e o criadouro eliminado. Quando a suspeita se confirma os responsáveis são comunicados para que possam monitorar o surgimento de casos de dengue e realizar o pente fino eliminando outros possíveis criadouros que tenham passado despercebidos.

Procura nas unidades de saúde

Caso suspeite ter contraído ou apresente sintomas de qualquer uma das arboviroses, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). É lá que a população recebe o atendimento clínico e a orientação correta sobre como agir.

Denúncias

Vale reforçar que quem identificar situações com criadouros ou com suspeita, água servida descartada na rua, descarte de lixo em locais inapropriados, a recomendação é procurar a equipe técnica. Denúncias também podem ser realizadas pelo aplicativo da Vigilância Sanitária via Unidade Sentinela que atende pelo número (66) 99600-1462.

Coleta de resíduos sólidos

E para dar aquela mãozinha na limpeza do quintal, a Prefeitura oferta o serviço de coleta de resíduos sólidos – confira aqui o calendário de 2025; em que são recolhidos móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis; assim como restos da limpeza de jardins que incluem folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos, como a grama quando é cortada.

Fonte: Prefeitura de Sorriso – MT