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Setor de árvores cultivadas cresce 16,9% no 1º trimestre de 2025 e alcança superávit de US$ 3,7 bilhões

O setor brasileiro de árvores cultivadas registrou um superávit comercial de US$ 3,73 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da nova edição do Mosaico Ibá, boletim trimestral elaborado pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Esse valor representa um novo recorde para o setor.

Celulose lidera exportações com aumento de 24,4%

Principal produto da pauta de exportações do setor, a celulose teve alta de 24,4% nas vendas externas no período, totalizando US$ 2,78 bilhões. O papel, por sua vez, manteve estabilidade, com leve queda de 1%, somando US$ 591 milhões em exportações.

Madeira processada também se destaca nas exportações

Outros produtos de menor volume, mas com desempenho expressivo, também contribuíram para o bom resultado da balança comercial:

  • Madeira serrada: alta de 20,7% (US$ 188 milhões)
  • Compensados: aumento de 15% (US$ 212 milhões)
  • Painéis de madeira: crescimento de 12,8% (US$ 113 milhões)
Produção de celulose avança quase 10%

A produção de celulose no Brasil alcançou 6,95 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 9,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já as exportações do produto atingiram 5,38 milhões de toneladas, alta de 14,8%.

Participação nas exportações do país cresce

Com o bom desempenho nas exportações, o setor de árvores cultivadas aumentou sua representatividade na balança comercial brasileira:

  • Participação nas exportações totais do país: 5,2% (ante 4,5% em 2024)
  • Participação nas exportações do agronegócio: 10,7% (ante 9,4% em 2024)
  • Mercados internacionais: China lidera compras da celulose brasileira

O boletim destaca a estabilidade nas vendas para a América do Norte (+0,9%, US$ 818 milhões), enquanto outras regiões registraram crescimento expressivo:

  • China: +34,7% (US$ 1,36 bilhão)
  • Europa: +14,2% (US$ 932 milhões)
  • Ásia/Oceania: +30,6% (US$ 420 milhões)

A China manteve-se como o principal destino da celulose brasileira, com alta de 36,8% nas importações (US$ 1,31 bilhão), seguida por:

  • Europa: +16,1% (US$ 701 milhões)
  • Ásia/Oceania: +41,6% (US$ 299 milhões)
  • América Latina: +39,8% (US$ 63,2 milhões)
América do Norte reduz compras de celulose, mas aumenta importações de papel e painéis

Embora tenha havido uma redução de 5,4% nas compras de celulose pela América do Norte (US$ 375 milhões), outros produtos ganharam espaço:

  • Papel: alta de 22,5% (US$ 129 milhões)
  • Painéis de madeira: crescimento de 31,9% (US$ 49 milhões)
Setor mostra resiliência e estratégia diante de cenário global desafiador

Para o presidente da Ibá, Paulo Hartung, os bons resultados refletem a capacidade do setor de se manter competitivo mesmo diante de desafios no comércio internacional.

“Os resultados fortes e positivos do primeiro trimestre deste ano, após termos um 2024 de recordes, mostram que o setor de produtos florestais brasileiro tem a estratégia e a flexibilidade para manter sua liderança global mesmo em um cenário adverso no comércio exterior”, afirmou.

“Apesar da estabilidade nas vendas para a América do Norte, o aumento nas exportações para outros mercados aponta que a diversificação é um ativo fundamental do nosso setor.”

Balança Comercial Ibá | US$ Milhões FOB

bc-iba

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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