Soja recua em Chicago após ganhos expressivos; avanço do plantio nos EUA pressiona cotações

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Os contratos futuros da soja operam em queda na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (13), em um movimento de realização de lucros após os expressivos ganhos registrados na sessão anterior. Além disso, o mercado repercute o bom andamento do plantio da safra 2025/26 nos Estados Unidos, o que adiciona pressão negativa aos preços.

Realização de lucros e “turnaround Tuesday”

Como já era esperado pelos analistas, a terça-feira começou com queda nas cotações da soja em Chicago. Às 7h05 (horário de Brasília), os contratos recuavam entre 5,25 e 6 pontos, com o vencimento julho cotado a US$ 10,65 e o setembro a US$ 10,46 por bushel. O movimento reflete a chamada “turnaround Tuesday” — expressão usada no mercado financeiro para indicar uma reversão de tendência após fortes altas na sessão anterior.

Altas recentes foram impulsionadas por fatores externos

Na segunda-feira (12), os preços da oleaginosa avançaram quase 2%, influenciados por dois fatores principais:

  • A divulgação do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que trouxe dados considerados altistas;
  • O anúncio de um acordo entre China e Estados Unidos para a redução de tarifas comerciais por um período de 90 dias.

Apesar desse cenário positivo, os investidores optaram por realizar lucros e ajustar suas posições, aguardando novos desdobramentos no mercado internacional.

Plantio da soja nos EUA avança acima da média

Outro fator que contribui para a pressão sobre os preços é o avanço do plantio da safra norte-americana 2025/26. Segundo o último boletim do USDA, até o último domingo (12), 48% da área estimada para a soja já havia sido plantada, número superior às expectativas do mercado, que projetava 47%.

Na semana anterior, o índice era de 30%, enquanto no mesmo período de 2024 era de 34%, e a média dos últimos cinco anos está em 37%.

O plantio do milho também superou as projeções, reforçando o clima de otimismo quanto ao desenvolvimento da safra nos Estados Unidos.

Cenário mais amplo pesa sobre os preços

A queda na cotação da soja também acompanha o desempenho negativo de outras commodities agrícolas. Os preços do milho e do trigo recuaram mais de 1%, arrastando também os derivados da soja, como o farelo e o óleo, que operam no vermelho nesta terça-feira.

Em contrapartida, o petróleo avança no mercado internacional, testando novas altas, o que indica um movimento oposto ao das commodities agrícolas nesta sessão.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio