Tecnologia brasileira garante qualidade do malte e aprimora produção de cerveja

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Controle de qualidade com tecnologia de ressonância magnética

A ferramenta, batizada de SpecFit, utiliza a mesma base tecnológica dos equipamentos de ressonância magnética usados na medicina. O diferencial está na capacidade de realizar, em segundos, avaliações físico-químicas dos grãos de cevada transformados em malte — processo essencial para a produção da cerveja.

As análises ocorrem de forma não destrutiva, sem uso de reagentes químicos, o que torna o processo mais sustentável e seguro.

Resultados rápidos e decisões mais ágeis

Segundo Daniel Consalter, CEO da FIT, cinco metodologias inovadoras foram desenvolvidas para medir a qualidade do malte e acompanhar sua evolução durante o processo. “O resultado da análise sai em apenas um minuto, enquanto outros métodos podem demorar horas. Isso permite ajustes rápidos no processo, o que é fundamental, já que a germinação da cevada em malte não pode ser interrompida”, explica.

Equipamento compacto e de fácil operação

Do tamanho de uma impressora, o SpecFit pode ser operado até por profissionais sem experiência prévia. Basta inserir a amostra do malte e aguardar o resultado da análise. Essa praticidade tem sido um diferencial para a adoção da tecnologia em maltarias e cervejarias pelo país.

Identificação de fraudes e maior segurança na produção

Além de otimizar o controle de qualidade, o equipamento também atua na detecção de fraudes. É capaz de identificar a presença de grãos de cevada misturados ao malte já processado, o que pode comprometer a produção e afetar a qualidade da cerveja. “Um único grão de cevada pode causar paradas na linha de produção ou alterar as características do produto final”, alerta Consalter.

Expansão do mercado e exigência por qualidade

Com o crescimento do mercado de cervejas puro malte no Brasil e a maior exigência dos consumidores por padrões internacionais de qualidade, tecnologias como o SpecFit ganham espaço. “Estamos acompanhando uma verdadeira expansão da cultura de análise dos produtos no setor cervejeiro”, afirma o CEO da FIT.

Além do malte, a tecnologia da FIT já vem sendo utilizada em diversas cadeias produtivas, incluindo a análise de oleaginosas, fertilizantes, alimentos industrializados, carnes e até sementes.

A inovação é mais um exemplo de como a tecnologia pode aliar sustentabilidade, agilidade e qualidade na indústria alimentícia, contribuindo para elevar os padrões de produção da cerveja brasileira.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio