Você sabe como surgiu o conclave, a reunião de cardeais que escolhe o novo papa?
Foi há muitos séculos, mais precisamente entre os anos de 1271 e 1276, quando foi preciso eleger um novo papa após a morte de Clemente 4º.
Com a Igreja dividida e a disputa de poder entre o papado e os imperadores, os cardeais também estavam divididos: italianos de um lado e franceses do outro.
A rivalidade entre os grupos era tão grande, que meses se passaram sem que os cardeais chegassem a um consenso do escolhido.
Essa eleição durou quase 3 anos – o mais longo conclave da história da Igreja Católica.
Por causa da demora, os governantes confinaram os cardeais em um palácio e limitaram a quantidade diária de comida, para forçar os sacerdotes a chegarem a um acordo.
No fim, um italiano foi eleito como Gregório 10º e esse papa promulgou uma bula com instruções para as próximas eleições.
O documento previa o isolamento dos cardeais no palácio onde o papa morreu, para afastá-los das influências do mundo exterior e das pressões dos governantes, além de ir, gradualmente, diminuindo a quantidade de comida oferecida conforme os dias passavam.
Segundo a história, a partir do oitavo dia, os cardeais só poderiam comer pão e água.
Algumas determinações mais rigorosas de Gregório 10º foram suavizadas ou caíram em desuso com os próximos pontífices.
Mas a ideia principal do isolamento dos cardeais é mantida até hoje – e está sendo praticada na Capela Sistina para eleger o sucessor do papa Francisco.
