Wesley Batista, conselheiro da JBS, expressou otimismo sobre o cenário brasileiro mesmo em um contexto internacional desafiador. Em painel do fórum VEJA Brazil Insights em Nova York, destacou indicadores positivos como desemprego, balança comercial e avanços nas reformas. “Quando você olha os números, por exemplo, o de desemprego, nós não estamos mal. Balança, nós não estamos mal. Reformas, eu acho que o Brasil tem avançado”, afirmou.
Desafios econômicos a serem superados
O empresário ressaltou que o país ainda enfrenta desafios importantes, principalmente a alta taxa de juros real e o déficit nominal elevado. “Sem dúvida nenhuma, nós temos uma taxa de juro real gigantesca no Brasil, gerando um déficit nominal gigantesco. Eu acho que esse é um desafio que o país enfrenta”, alertou.
Potencial para crescimento maior
Batista avaliou que, apesar das projeções atuais de crescimento do PIB entre 2,5% e 3%, o Brasil merece discutir metas mais ambiciosas, entre 4% e 5%.
Comparação com os Estados Unidos e perfil do brasileiro
Com experiência na JBS, empresa global com forte presença nos EUA, onde emprega 70 mil pessoas, Wesley traçou um paralelo entre os dois países: “É um país de gente trabalhadora, é um país de gente empreendedora, é um país que faz as coisas acontecerem”. Ele destacou a capacidade do brasileiro de prosperar mundialmente, graças à resiliência e à habilidade de atuar em um ambiente de negócios complexo.
Potencial do interior e do agronegócio
O conselheiro ressaltou o crescimento do interior do Brasil, especialmente no agronegócio, apontando que a riqueza gerada na região ainda não é devidamente reconhecida por centros urbanos como São Paulo, Rio e Brasília. “É impressionante a transformação que o Brasil está fazendo no interior do país afora… a interiorização do Brasil está muito mais pungente do que o pessoal das capitais está conseguindo enxergar.”
Apelo ao orgulho nacional e simplificação
Para encerrar, Wesley Batista fez um apelo para que o país valorize mais suas qualidades e focar em soluções práticas para o desenvolvimento. “Nós temos que falar bem do Brasil. Porque é um negócio inacreditável como nós mesmos nos depreciamos. É um autoflagelamento em praça pública”, destacou. Ele enfatizou que a simplificação do ambiente de negócios é fundamental para gerar riqueza, aumentar produtividade e criar empregos. “O Brasil tem que simplificar a forma de empreender. Porque aí você gera riqueza, produtividade, emprego e assim vai.”
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio