Destaques do evento e campeões nacionais
O Grupo Agro Mallon, por meio da Fazenda Santa Bárbara, em Canoinhas (SC), foi o grande campeão nacional e da Região Sul no 17º Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, com impressionantes 135,49 sacas por hectare (sc/ha).
Na categoria irrigado, o título nacional ficou com Paulo Storti, produtor da Fazenda Santana, em Itapeva (SP), que alcançou produtividade de 126,71 sc/ha.
Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja
Realizado no dia 26 de junho, em São Paulo, o fórum reuniu especialistas, pesquisadores, produtores e empresas do setor para apresentar cases de sucesso e debater práticas que equilibram produtividade e sustentabilidade.
Segundo Daniel Glat, presidente do CESB, o evento é um catalisador de boas práticas e inovação para a sojicultura nacional, promovendo reflexão e atualização técnica com foco em alta performance.
Amplo alcance e produtividade superior à média nacional
Foram inscritas 4.700 áreas no Desafio CESB, das quais 812 foram auditadas durante a colheita, totalizando 4 milhões de hectares de soja em 15 estados brasileiros. A média das áreas auditadas ficou em 95,69 sc/ha, muito acima da média nacional registrada pela Conab/IBGE, que é de 58,90 sc/ha.
Processo rigoroso de auditoria garante credibilidade
Um dos diferenciais do Desafio CESB é a auditoria independente, conduzida por profissionais capacitados, com critérios técnicos rigorosos que incluem mapeamento geográfico, análise de solo e avaliação detalhada da colheita.
Lorena Moura, coordenadora técnica do CESB, destaca que todo o processo é padronizado, com documentação fotográfica, escolta das cargas até a balança e acompanhamento da classificação dos grãos, garantindo total transparência e confiabilidade dos resultados.
Práticas agronômicas adotadas pelos campeões
Fatores como escolha da cultivar, plantabilidade, rotação de culturas, correção e adubação do solo, uso de tecnologias e clima favorável foram fundamentais para os altos níveis produtivos.
João Ganem, coordenador técnico do CESB, ressaltou os altos valores de peso de mil grãos (PMG), taxas de vigor e germinação, e a precisão no posicionamento das sementes e fertilizantes nas lavouras campeãs.
Além disso, a maioria dos campeões adota sistemas consolidados de rotação de culturas e utiliza produtos biológicos para tratamento de sementes, com aplicações foliares estratégicas em estádios fenológicos críticos (R1, R3 e R5), totalizando em média oito aplicações por lavoura.
A correção do solo é feita em média a cada dois anos, fundamental para a manutenção do pH e a disponibilidade de nutrientes.
No quesito clima, as regiões campeãs apresentaram eficiência climática acima de 72%, um diferencial para a produtividade.
Quanto às tecnologias, o uso de análise de imagens, NDVI e zoneamento de talhões, aliado à regulagem precisa das máquinas, potencializa o manejo e otimiza o uso de insumos.
O retorno sobre investimento (ROI) médio foi de R$ 1,77, com destaque para o ROI de R$ 2,44 do campeão da Região Nordeste.
Campeões por região e categoria
O Desafio CESB divide-se em duas categorias: sequeiro e irrigado. A categoria sequeiro consagra campeões regionais, enquanto a irrigada premia diretamente o campeão nacional. O maior resultado entre as duas categorias define o grande campeão nacional.
- Sul (Sequeiro e nacional): Grupo Agro Mallon – Fazenda Santa Bárbara (SC) – 135,49 sc/ha
- Irrigado (Nacional): Paulo Storti – Fazenda Santana (SP) – 126,71 sc/ha
- Nordeste (Sequeiro): Grupo Gorgen – Fazenda Barcelona (BA) – 130,71 sc/ha
- Norte (Sequeiro): Grupo Gorgen – Fazenda São Gabriel (TO) – 112,85 sc/ha
- Centro-Oeste (Sequeiro): Grupo Fiorese – Oli Antonio Fiorese (GO) – 124,80 sc/ha
- Sudeste (Sequeiro): Hiroyuki Oi – Estância Célia (SP) – 119,25 sc/ha
Consultores premiados
- Região Sul e Nacional: Leandro Barcelos
- Irrigado/Nacional: Adriano Leite Oliveira
- Nordeste e Norte (Sequeiro): Edinei Antônio Fugalli
- Centro-Oeste (Sequeiro): Boleslau Wesguerber Junior
- Sudeste (Sequeiro): Humberto Barreto Dalcin
Checagem ecoambiental e práticas ESG
Todos os campeões passaram por rigorosa avaliação ecoambiental, que considera práticas ESG (ambientais, sociais e de governança), garantindo responsabilidade socioambiental nas operações agrícolas.
Luiz Silva, diretor executivo do CESB, explicou que a análise de ecoeficiência integra Avaliação de Ciclo de Vida e custos, considerando insumos, combustíveis e água usados, reforçando a sustentabilidade dos sistemas produtivos.
Os resultados indicam que os campeões superam a média regional em ecoeficiência, evidenciando o impacto positivo das boas práticas adotadas.
O Fórum Nacional de Máxima Produtividade do CESB consolidou-se como referência para a evolução tecnológica e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro, demonstrando que é possível superar limites produtivos com responsabilidade socioambiental.
Todas as informações são tratadas com sigilo e confidencialidade, em conformidade com a legislação de proteção de dados.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio