“Eles vão nos entregar terras raras e, quando fizerem isso, retiraremos nossas contramedidas”, diz secretário do Comércio dos EUA
Um dia depois de o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, ter anunciado um acordo comercial com a China, autoridades do regime de Pequim confirmaram o entendimento nesta sexta-feira (27/6), indicando uma possível trégua na guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo.
No início do mês, representantes comerciais de EUA e China avançaram nas negociações em uma série de reuniões em Londres.
“Nos últimos dias, após a aprovação, ambas as partes confirmaram detalhes sobre o acordo”, informou um porta-voz do Ministério do Comércio da China, por meio de um comunicado.
“A parte chinesa analisará e aprovará os pedidos elegíveis para exportação de itens controlados, de acordo com a lei. A parte americana, consequentemente, cancelará uma série de medidas restritivas tomadas contra a China”, prossegue a nota.
Poucos detalhes sobre o acordo foram divulgados após as reuniões entre chineses e norte-americanos em Londres, em conversas que foram lideradas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.
Terras raras
Nessa quinta-feira (26/6), a Casa Branca anunciou que o governo norte-americano e a China “concordaram com um entendimento adicional para uma estrutura para implementar o acordo”.
O governo dos EUA disse ainda que o entendimento é “sobre como podemos implementar a agilização de remessas de terras raras para os EUA novamente”.
“Eles vão nos entregar terras raras e, quando fizerem isso, retiraremos nossas contramedidas”, explicou Lutnick.
No começo do mês, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que os dois países haviam chegado a um acordo por meio do qual a China forneceria ímãs e minerais de terras raras e os EUA permitiriam a entrada de estudantes chineses em universidades.