Clima variável influencia lavouras em diferentes regiões do Brasil
O clima entre abril e junho de 2025 teve impactos distintos nas regiões agrícolas brasileiras, segundo relatório do Rabobank. Enquanto as chuvas de abril favoreceram o desenvolvimento de culturas como milho safrinha e algodão, o mês de maio trouxe tempo seco para parte do país, o que impulsionou a colheita de algumas culturas, mas também aumentou a preocupação com o risco de geadas no inverno.
Abril chuvoso impulsiona plantio e favorece pastagens
As precipitações registradas em abril foram intensas em áreas como o Norte, norte do Nordeste, oeste do Centro-Oeste e leste do Sudeste. Isso garantiu boa umidade no solo e impulsionou o desenvolvimento inicial de importantes culturas como o milho safrinha e o algodão. A regularidade das chuvas nessas regiões elevou as expectativas de produtividade para ambas as lavouras.
Além disso, estados como Pará e Goiás viram melhora nas condições das pastagens, o que favoreceu o desempenho do setor pecuário, com manutenção do rebanho em boas condições mesmo no início da estação seca.
Maio seco favorece colheitas e exige atenção com temperaturas elevadas
No mês seguinte, o cenário mudou: as chuvas se concentraram no centro-norte da Região Norte, no leste do Nordeste e no Rio Grande do Sul. Já o interior do Nordeste e grande parte do Centro-Oeste e Sudeste enfrentaram baixos volumes de precipitação e temperaturas elevadas, que chegaram a ultrapassar os 36 °C em algumas localidades do Nordeste.
Essas condições beneficiaram a colheita da cana-de-açúcar e do café conilon. No Espírito Santo, a colheita do conilon já avançava rapidamente, enquanto o café arábica começava a ser colhido. No cinturão citrícola paulista, as temperaturas amenas e as chuvas recentes também favoreciam o início da safra 2025/26.
Perspectiva de inverno seco com geadas pontuais
Com a chegada do inverno, o Rabobank destaca que o próximo trimestre (junho a agosto) deve ser marcado por temperaturas acima da média e chuvas irregulares. A tendência é de precipitações concentradas no litoral do Nordeste e no extremo norte do país, enquanto o Centro-Oeste, o interior do Nordeste e parte do Sudeste devem enfrentar intensificação do déficit hídrico.
Apesar da menor chance de geadas em junho, o risco aumenta em julho e agosto, especialmente para culturas como café, cana-de-açúcar e laranja, exigindo atenção redobrada dos produtores nessas regiões.
Previsão climática e impactos esperados
Segundo o Rabobank, a maior parte das lavouras apresentou bom desempenho até o início de junho, mas o desenrolar do clima durante o inverno será decisivo para a consolidação da produtividade. A previsão aponta para um período de anomalias climáticas que poderão afetar o planejamento das atividades agrícolas e pecuárias, especialmente nas áreas mais secas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio