Dólar inicia o dia em queda
Nesta quarta-feira (18), o dólar opera em baixa de 0,33%, cotado a R$ 5,4800 por volta das 9h06. É o segundo dia seguido de recuo, após a moeda norte-americana ter avançado 0,23% na terça-feira (17), encerrando cotada a R$ 5,4982. A valorização recente ainda mantém o dólar abaixo do patamar de R$ 5,50, o que não ocorria há cerca de oito meses.
Expectativas para a Superquarta
O mercado volta suas atenções para a chamada “Superquarta”, quando o Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciam simultaneamente suas decisões sobre as taxas de juros.
No Brasil, a expectativa é de que o BC interrompa o ciclo de alta da Selic, atualmente em 14,75%, o maior nível em quase duas décadas. Nos Estados Unidos, o mercado aguarda a manutenção da taxa básica de juros na faixa entre 4,25% e 4,5%.
Bolsas e indicadores acumulados
Enquanto o dólar apresenta leve baixa, o Ibovespa — principal índice da bolsa brasileira — ainda não havia iniciado os negócios até as 10h. Na sessão anterior, o índice fechou em queda de 0,30%, aos 138.840 pontos.
Veja o desempenho acumulado dos indicadores:
- Dólar:
- Semana: -0,80%
- Mês: -3,84%
- Ano: -11,03%
- Ibovespa:
- Semana: +1,19%
- Mês: +1,32%
- Ano: +15,43%
Conflito entre Irã e Israel aumenta tensão
A escalada no conflito entre Irã e Israel também influencia o humor dos investidores. Nesta quarta-feira, o confronto chegou ao sexto dia, com 248 mortos registrados desde sexta-feira (13), segundo dados oficiais dos dois países.
O aumento da tensão se intensificou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotar uma retórica mais agressiva contra o Irã. Trump ameaçou intervir diretamente no conflito e, segundo o site Axios, avalia um ataque contra instalações nucleares iranianas.
Em publicações na rede Truth Social, Trump afirmou que os EUA sabem onde o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, está escondido. Embora tenha descartado a eliminação do líder “por enquanto”, ressaltou que “a paciência está se esgotando”. Pouco depois, publicou: “Rendição incondicional!”.
Resposta do Irã
Em resposta, Khamenei declarou na TV estatal que o país não irá se render e advertiu que qualquer ação direta dos EUA terá “consequências irreparáveis”. Segundo ele, “os iranianos não reagem bem à linguagem da ameaça”.
Petróleo dispara com temor de desabastecimento
O clima de instabilidade no Oriente Médio também afeta o mercado de petróleo. Nesta quarta-feira, o preço da commodity subiu mais de 3%, mesmo após o Irã afirmar que suas instalações petrolíferas permanecem intactas.
Na semana passada, o petróleo já havia registrado uma alta de mais de 8%, refletindo temores sobre possíveis interrupções no fornecimento global. A maior preocupação recai sobre o Estreito de Ormuz, por onde passa aproximadamente 20% do consumo mundial de petróleo. Um agravamento do conflito na região pode comprometer o fluxo comercial estratégico e pressionar ainda mais os preços.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio