Entre julho de 2024 e maio de 2025, o Brasil exportou 42,96 milhões de sacas de café de 60 kg, representando uma leve queda de 2% em relação ao mesmo período do ano-cafeeiro anterior, que registrou o maior volume histórico para 11 meses, com 43,7 milhões de sacas embarcadas.
Apesar da redução no volume, a receita cambial gerada foi recorde, totalizando US$ 13,69 bilhões, o maior valor já obtido na história para esse período, com o preço médio da saca em US$ 318,64. Com os dados de junho ainda a serem contabilizados, a expectativa é que o faturamento da safra ultrapasse os US$ 14 bilhões.
Composição das exportações
Do total exportado nos últimos 11 meses, 76,74% correspondem ao café arábica, com 32,97 milhões de sacas. O café da espécie canephora (conilon e robusta) representou 14,19% das vendas, com 6,1 milhões de sacas. O café solúvel respondeu por 8,93% do volume, totalizando 3,84 milhões de sacas, enquanto o café torrado e moído teve participação de aproximadamente 0,1%, com cerca de 51 mil sacas.
Desempenho do mês de maio de 2025
No mês de maio de 2025, o volume exportado foi de 2,93 milhões de sacas, uma queda expressiva de 33,3% em comparação com maio de 2024, quando foram vendidos 4,44 milhões de sacas — o maior volume já registrado para o mês. Porém, a receita gerada em maio de 2025 atingiu US$ 1,24 bilhão, um aumento de 21,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, estabelecendo o maior faturamento cambial já alcançado em um maio para os cafés brasileiros.
Principais destinos das exportações no período de janeiro a maio de 2025
Considerando o ano civil de 2025 até maio, as exportações brasileiras totalizaram 16,79 milhões de sacas, gerando uma receita de US$ 6,82 bilhões. Os Estados Unidos mantêm a liderança como maior importador, apesar de uma redução de 17,39% nas compras, com 2,87 milhões de sacas, o que representa 17,1% do total. A Alemanha vem em seguida, com 2,11 milhões de sacas, tendo reduzido suas importações em 28,7%. A Itália ocupa o terceiro lugar, com 1,37 milhão de sacas, também registrando queda de 17,52%.
O Japão aparece em quarto lugar, com aumento de 10,6% nas aquisições, totalizando 1,09 milhão de sacas. A Bélgica, quinta no ranking, apresentou expressiva queda de 61,67% nas compras, com 809,9 mil sacas. A Turquia importou 670 mil sacas, seguida pelos Países Baixos, que reduziram em 11,33% suas compras, totalizando 605,4 mil sacas. A Rússia destaca-se pelo crescimento de 48,41%, comprando 564,3 mil sacas, enquanto Espanha e Coreia do Sul fecharam o top 10, com 550,9 mil e 481,2 mil sacas exportadas, respectivamente. A Coreia do Sul também registrou crescimento, de 9,83%.
Cafés diferenciados representam 22% das exportações
No período de janeiro a maio de 2025, os cafés diferenciados — aqueles de qualidade superior ou com certificações sustentáveis — responderam por 22% do total exportado, com 3,7 milhões de sacas, um volume 7,2% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Os dados apresentados fazem parte do Relatório Mensal de Maio de 2025 do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), disponíveis também no Observatório do Café, coordenado pela Embrapa Café.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio