Diante da forte desvalorização do arroz e da falta de liquidez no mercado, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) voltou a cobrar ações emergenciais do governo federal. A entidade reuniu-se em Brasília, nesta quarta-feira (11), com representantes do Ministério da Agricultura, Conab, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Fazenda para discutir soluções imediatas para o setor.
Produtores alertam para situação insustentável
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, e o presidente eleito, Denis Dias Nunes, enfatizaram durante o encontro a gravidade do momento enfrentado pelos arrozeiros. “A situação está insustentável. Os preços estão muito baixos e o mercado sofre com a falta de liquidez. Precisamos urgentemente de medidas de apoio”, declarou Velho.
Propostas emergenciais em debate
Entre as alternativas discutidas, a adoção de contratos de opção ainda em 2024 foi destacada como uma possível solução de curto prazo. Essa ferramenta permitiria compras com flexibilidade de até 20% acima do preço mínimo. Além disso, foram mencionadas possíveis medidas a serem incluídas no novo Plano Safra, visando o ciclo produtivo futuro.
Federarroz rejeita compra pelo preço mínimo atual
A entidade reafirmou sua posição contrária à aquisição de arroz pelo preço mínimo vigente, fixado em R$ 63,00 por saca. Segundo Velho, “esse valor não cobre os custos reais de produção, e se os preços permanecerem assim, haverá uma redução drástica na área plantada, o que não é do interesse do governo”.
Preocupação com ausência de ações imediatas
Ao final da reunião, o presidente da Federarroz expressou preocupação com a falta de medidas concretas no curto prazo. “Saio preocupado e espero que o governo tenha entendido a gravidade da situação”, afirmou.
Diálogo com instituições financeiras para aliviar pressão
Além das reuniões em Brasília, a Federarroz também se encontrou em Porto Alegre com representantes de instituições financeiras, como Banco do Brasil e Sicredi. O foco foi discutir o escalonamento das dívidas de custeio, buscando reduzir a pressão dos produtores para venda antecipada nos meses críticos de junho e julho.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio