Um dos momentos mais simbólicos foi o almoço comunitário gratuito, servido a todos os visitantes. Foram preparadas 4 toneladas de peixe, 50 pacotes de arroz de 5 kg, 70 fardos de óleo com 6 litros cada e uma força dos voluntários e apoio da comunidade
A 44ª edição da Festa de São Pedro, realizada neste domingo (29), consolidou Bonsucesso, distrito ribeirinho e bicentenário de Várzea Grande, como um dos maiores símbolos de tradição, fé, turismo e gastronomia do Município. A celebração, que atraiu centenas de pessoas, marcou uma virada histórica ao unir católicos e evangélicos em uma programação popular, com destaque para a participação ativa da prefeita Flávia Moretti e do vice-prefeito Tião da Zaeli, ambos do PL.
Desde as primeiras horas da manhã, a prefeita esteve presente na comunidade, participando da alvorada, tomando café com os voluntários e, principalmente, colocando a mão na massa, literalmente. Flávia ajudou na preparação da tradicional refeição servida na festa: peixe frito com arroz branco, molho e salada. “As pessoas puderam vir hoje e conhecer um pedacinho de Várzea Grande. A Rota do Peixe é Bonsucesso, que hoje também é a Rota do Turismo. Isso aqui é política pública de verdade: cultural, educacional e religiosa. É um patrimônio imaterial que une gerações e reafirma nossa identidade”, afirmou a prefeita, emocionada ao acompanhar a procissão de São Pedro.
Acompanhada da festeira Gika de Magalhães, da rainha da festa, Antônia Ferreira de Magalhães, e do rei, Alex Gerônimo, a prefeita participou também da procissão, da missa e do levantamento de mastro em homenagem a São Pedro. Destacou que a valorização da cultura local precisa estar acima de disputas partidárias. “Independe de gestão ou partido. Isso é sobre preservar nossas raízes. São Pedro é o apóstolo que edificou a Igreja. A fé do nosso povo é o que mantém essa tradição viva, ano após ano”, completou.
“Essa festa representa a alma do povo de Várzea Grande: acolhedora, trabalhadora e cheia de fé. Participar da Festa de São Pedro, aqui em Bonsucesso, é sentir de perto a força da nossa cultura ribeirinha. É por isso que, junto com a prefeita Flávia Moretti, seguimos apoiando iniciativas como essa, que unem religião, tradição e desenvolvimento para toda a cidade”, disse o vice-prefeito Tião.
A festa também foi um grande exemplo de mobilização comunitária. Para a festeira Antônia, ser escolhida como rainha da festa foi um reconhecimento à dedicação de uma vida inteira. “Desde que aprendi a limpar peixe, eu ajudo. Agora fui escolhida como festeira e rainha, é uma honra. Deixo tudo para estar aqui, cozinhando, servindo. Isso é felicidade pura”, disse, com um sorriso orgulhoso.
O vereador e pescador Braz Jaciro (PSDB), nascido em Pai André, comunidade vizinha, reforçou a importância da festa para os ribeirinhos. “Todos aqui dependiam do peixe para sobreviver. A festa é a celebração dessa história. Agradeço à prefeita Flávia Moretti por manter viva essa tradição tão bonita e necessária”, declarou.
A organizadora Gika de Magalhães destacou o fortalecimento econômico que a festa proporciona à comunidade. “A feira gastronômica foi formada apenas por moradores. Toda a renda circulou dentro da comunidade. Isso valoriza nossa cultura e gera renda. Agradecemos todos os parceiros, inclusive os deputados e o apoio da Prefeitura”, ressaltou.
INCLUSIVA – Este ano, uma novidade importante foi a inclusão de um momento evangélico na véspera da festa, celebrando a palavra de Deus com louvores e orações. “A fé une, não separa. A religião não salva ninguém sozinha. O que salva é o amor ao próximo. E essa festa mostrou isso”, afirma Gika.
UNIÃO – Um dos momentos mais simbólicos da festa foi o almoço comunitário gratuito, servido a todos os visitantes. Foram preparadas 4 toneladas de peixe, 50 pacotes de arroz de 5 kg, 70 fardos de óleo com 6 litros cada e uma grande quantidade de salada com produtos da própria região. Tudo preparado com a força dos voluntários e com o apoio da comunidade.
Para Lourdes Carmen de Lima, que pela primeira vez foi voluntária, a emoção foi única. “Sempre vim para festejar. Este ano vim para ajudar. Estou feliz, de alma lavada. Quem conhece Bonsucesso sabe que isso aqui é abençoado por Deus”, declarou.
O pescador Osvaldo Catarino da Rosa, que há mais de 40 anos participa da festa, também fez questão de ajudar a fritar o peixe. “Minha vida toda foi pescando. Mesmo com as dificuldades hoje, eu quero estar aqui. É minha história, minha gente”, disse.
E para dona Maria do Carmo, de 83 anos, a festa é missão de vida. “Minha tia me passou a responsabilidade de carregar São Pedro. Ele fica na minha casa. Eu tremo, mas venho. Isso é promessa, é devoção”, contou, emocionada ao esperar a procissão com o andor em mãos.
RESILIÊNCIA – Além de estar presente em cada momento da festa e de falar à população, a prefeita Flávia Moretti conversou com a imprensa e pontuou sobre os primeiros seis meses de gestão.
“Esse momento de fé também é um tempo de gratidão pelas conquistas desses primeiros seis meses à frente da Prefeitura. Foram dias desafiadores, mas com muito trabalho e compromisso começamos a virar a chave de Várzea Grande. Estar aqui, em oração com o povo, também é uma forma de renovar as forças para os próximos passos e seguir firmes na construção de uma cidade mais digna, humana e acolhedora”.
Para a Chefe do Executivo, a 44ª Festa de São Pedro foi mais do que uma comemoração religiosa, “foi uma demonstração de identidade, fé e pertencimento. Em meio ao cheiro do peixe frito, orações e sorrisos, Bonsucesso mostrou para todos que o que Várzea Grande tem de melhor: o seu povo”, finalizou.