O mercado físico do boi gordo registrou queda nos preços em São Paulo e Mato Grosso do Sul durante a última semana, acompanhada por uma expansão nas escalas de abate dos frigoríficos. O aumento na oferta de animais foi impulsionado pela passagem de uma frente fria, que motivou mais entregas ao abate.
Avanço nas escalas de abate em várias regiões
Além de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Rondônia também apresentou crescimento nas escalas, segundo o analista Fernando Iglesias, da Safras & Mercado. Em Goiás, embora as escalas tenham avançado, os preços registraram queda em comparação à semana anterior.
Exportações seguem como fator-chave para o mercado
Iglesias destaca que as exportações continuam desempenhando papel fundamental no setor, com números expressivos ao longo de 2025. A expectativa é de recorde tanto em volume quanto em receita para o país.
Cotações da arroba do boi gordo nas principais praças (26 de junho)
- São Paulo (Capital): R$ 315,00, queda de 1,54% em relação à semana passada (R$ 320,00)
- Goiás (Goiânia): R$ 300,00, recuo de 1,64% frente a R$ 305,00
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 310,00, alta de 1,64% ante R$ 305,00
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320,00, preço estável
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 325,00, aumento de 1,56% em comparação a R$ 320,00
- Rondônia (Vilhena): R$ 285,00, sem variação
Mercado atacadista com preços em baixa
No mercado atacadista, houve queda nos valores dos cortes dianteiro e traseiro do boi. A expectativa é de novas reduções no curto prazo, devido à reposição mais lenta entre atacado e varejo na segunda metade do mês, período geralmente marcado por menor demanda.
A preferência dos consumidores brasileiros segue por proteínas mais econômicas, como carne de frango, ovos e embutidos, especialmente após a metade do mês.
Os preços praticados foram:
- Quarto do traseiro do boi: R$ 23,00 o quilo, retração de 6,12% em relação a R$ 24,50 da semana anterior
- Quarto do dianteiro do boi: R$ 19,00 o quilo, queda de 2,56% ante R$ 19,50
Desempenho das exportações de carne bovina em junho
Em junho, o Brasil exportou US$ 917 milhões em carne bovina fresca, congelada ou refrigerada, considerando 14 dias úteis, com média diária de US$ 65,5 milhões. A quantidade total exportada foi de 168,8 mil toneladas, com média diária de 12 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.431,60.
Comparado a junho de 2024, houve alta de 52,4% no valor médio diário das exportações, crescimento de 25,3% na quantidade média diária e aumento de 21,6% no preço médio.
Resumo
A combinação de maior oferta e avanço nas escalas de abate tem pressionado os preços do boi gordo em algumas regiões, especialmente em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Por outro lado, o desempenho robusto das exportações segue sustentando o mercado brasileiro de carne bovina, com perspectivas positivas para o restante de 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio