O zootecnista e consultor técnico da Premix, Nathan Machado Cavalcante, explica que o “ganho compensatório” – muito debatido entre pecuaristas e especialistas – ocorre quando bovinos recuperam peso acima do previsto depois de um período de restrição alimentar. A dúvida que fica é: esse crescimento extra vira, de fato, arrobas de carcaça comercializável?
O que é ganho compensatório
Quando o alimento é escasso, o organismo reduz o tamanho de órgãos como fígado, rins, coração e trato digestivo para economizar energia. Depois, com a volta da oferta de nutrientes, o animal ganha peso rapidamente porque suas necessidades de manutenção estão temporariamente menores.
Nem todo quilo ganho é carcaça
Na fase de recuperação, parte desse peso adicional serve para reconstruir os órgãos contraídos durante a restrição. Esse “rebote” fisiológico gera aumento de massa viva, mas não garante um acréscimo proporcional em carcaça.
Fatores que determinam a resposta
Sexo, idade, duração e intensidade da restrição influenciam a proporção de tecido muscular (real carcaça) e de órgãos internos nesse ganho. Por isso, o resultado pode variar de nulo a total – só sendo confirmado no momento do abate, quando o pecuarista descobre se o rendimento ficou abaixo do potencial.
Suplementação: benefícios e riscos
Oferecer suplementos mineral, proteico ou energético acelera a taxa metabólica e, indiretamente, faz com que órgãos essenciais cresçam para sustentar maior desempenho. Contudo, se o fornecimento for interrompido, a restrição subsequente pode anular total ou parcialmente os ganhos obtidos.
Planejamento contínuo é indispensável
Um programa nutricional bem estruturado garante dietas equilibradas durante todo o ciclo produtivo, evita quedas de desempenho e maximiza o retorno econômico. Em outras palavras, planejar com antecedência é a chave para que “mais peso” também signifique “mais carcaça” no gancho.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio