Panorama geral
Julho chega com um quadro climático desafiador: precipitações mal distribuídas e temperaturas superiores ao normal em grande parte do Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) indica que produtores rurais precisarão ajustar o manejo de culturas como milho, algodão, café e trigo para mitigar perdas.
Chuvas concentradas e estiagem na faixa central
- Menos chuva no coração do país
- A tendência é de redução dos acumulados no Centro-Oeste e em parte da Região Norte. No norte do Pará, oeste do Paraná e nordeste do Rio Grande do Sul, os volumes devem ficar abaixo da média histórica.
- Exceções com precipitação acima do normal
- Centro‑leste do Paraná e extremo sul gaúcho podem ultrapassar 130 mm no mês. No Nordeste, o destaque é o litoral, com mais de 60 mm previstos em Pernambuco e Alagoas.
Temperaturas até 2 °C acima da média
Áreas do centro‑sul do Pará, norte e sudoeste de Mato Grosso e no MATOPIBA devem registrar termômetros até 2 °C acima do usual. O calor, somado à baixa umidade, eleva a demanda de água das lavouras, especialmente em solos de baixa retenção.
Impactos regionais na agricultura
- Centro‑Oeste
- A estiagem favorece a colheita da segunda safra de milho e do algodão, mas o estresse hídrico pode limitar o enchimento de grãos nas lavouras tardias.
- Sudeste
- Condições secas ajudam na colheita de café e cana‑de‑açúcar. Entretanto, o calor intenso aumenta a evapotranspiração, exigindo manejo cuidadoso do solo. Geadas pontuais seguem no radar: ameaçam milho em fase reprodutiva, mas podem beneficiar o trigo.
- Sul
- Excesso de chuva pode atrasar a semeadura das culturas de inverno. Temperaturas baixas e geadas, principalmente nas serras, representam risco para hortaliças e frutíferas. No Rio Grande do Sul, as médias devem ficar abaixo de 15 °C, com chance de frio extremo nos pontos mais altos.
- Nordeste
- Chuvas litorâneas acima da média aliviam o déficit hídrico em áreas produtoras de cana‑de‑açúcar e pastagens, mas o interior permanece sob condições secas.
Recomendações ao produtor
- Monitorar a umidade do solo e ajustar a irrigação onde disponível.
- Planejar janelas de semeadura e colheita de acordo com as previsões regionais.
- Adotar práticas de conservação de água e cobertura do solo para reduzir perdas por evaporação.
- Manter atenção especial a possíveis episódios de geada, que podem ocorrer mesmo em meio ao calor anômalo do mês.
Com o cenário de chuvas irregulares e calor fora de época, o planejamento climático torna‑se crucial para proteger a produtividade das lavouras em julho.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio