Mercado do milho enfrenta limitações e oscilações com oferta restrita no Brasil e clima influenciando preços em Chicago

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O mercado de milho no Brasil segue limitado, com pouca movimentação e preços relativamente estáveis, mas restritos pela escassez do produto em várias regiões.

  • Rio Grande do Sul: Segundo a TF Agroeconômica, o mercado está praticamente parado, com poucas novidades para impulsionar negócios. As cotações variam entre R$ 66,00 e R$ 70,00 por saca para entrega em agosto, conforme as regiões produtoras — como Santa Rosa, Ijuí, Não-Me-Toque, Marau, Seberi, Lajeado e Montenegro. Compradores permanecem cautelosos diante da ausência de gatilhos para movimentação maior.
  • Santa Catarina: O mercado segue estagnado, com vendas limitadas. No Planalto Norte, os preços pedidos estão firmes em R$ 82,00/saca, mas as ofertas não passam de R$ 79,00, enquanto em Campos Novos o descompasso é maior, com pedidos entre R$ 83,00 e R$ 85,00 contra ofertas CIF de até R$ 80,00. A média estadual está em R$ 71,00, com variações regionais — R$ 77,13 em Chapecó, R$ 72,70 em Joaçaba, R$ 62,00 em Palma Sola e R$ 66,00 em Rio do Sul.
  • Paraná: Nos Campos Gerais, o milho disponível é ofertado a R$ 76,00/saca FOB, com registros pontuais até R$ 80,00. As ofertas CIF para junho permanecem em R$ 73,00, principalmente para a indústria de rações, enquanto o mercado aguarda sinais claros para maior movimentação.
  • Mato Grosso do Sul: A movimentação segue esparsa, com quedas recentes nas cotações, ainda que em menor intensidade do que nas semanas anteriores. Os preços atuais variam entre R$ 47,33 em Chapadão do Sul e R$ 53,00 em Sidrolândia, refletindo um mercado que busca recuperação.
Bolsa Brasileira (B3) abre semana com leve alta

Na segunda-feira (30), os preços futuros do milho na B3 operavam no campo positivo, com as principais cotações entre R$ 62,38 e R$ 71,73 por volta das 10h07 (horário de Brasília):

  • Julho/25: R$ 63,50 (+0,08%)
  • Setembro/25: R$ 62,38 (+0,24%)
  • Novembro/25: R$ 66,45 (+0,15%)
  • Janeiro/26: R$ 71,73 (+0,38%)
Mercado internacional: clima e relatório de plantio influenciam preços em Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho abriram a segunda-feira com quedas por volta das 10h (horário de Brasília):

  • Julho/25: US$ 4,17 (estável)
  • Setembro/25: US$ 4,08 (-3,25 pontos)
  • Dezembro/25: US$ 4,24 (-3 pontos)
  • Março/26: US$ 4,39 (-3,25 pontos)

O site Farm Futures destaca um cenário climático pessimista para os preços, com previsão de mais chuvas em grande parte do Centro-Oeste americano e temperaturas elevadas à medida que a fase crítica de polinização se aproxima. Além disso, o relatório de área plantada, baseado em pesquisa com cerca de 64 mil agricultores, deve indicar um plantio de milho ligeiramente maior do que a estimativa da agência em março.

Fechamento da semana: queda no Brasil e volatilidade nos EUA

No fechamento da sexta-feira (27), os contratos futuros da B3 encerraram em baixa, pressionados pelo avanço da colheita da segunda safra e pela desvalorização do dólar, que acumulou baixa semanal de -0,75%. Apesar do atraso na colheita manter os preços em um canal lateral, a expectativa é de novas quedas nos próximos dias devido à recuperação da oferta.

No acumulado semanal da B3, as perdas variaram entre -1,25% e -0,01%, exceto pelo contrato de junho, que fechou em alta, apesar de não ser mais negociado. Exemplos: o contrato julho/24 encerrou a R$ 63,54 (-0,41 no dia, +0,38 na semana) e julho/25 fechou a R$ 62,27 (-0,06 no dia, -1,25% na semana).

No mercado físico, o indicador Cepea registrou desvalorização semanal de -0,68%.

Por outro lado, na Bolsa de Chicago, o milho finalizou a semana em alta após cinco quedas consecutivas. O contrato julho subiu 1,95% para US$ 4,1750 por bushel, e o setembro avançou 1,86% para US$ 4,1150. Essa alta reflete recomposição de posições vendidas por fundos, diante de níveis baixos de preço e expectativas de estoques menores nos EUA, apesar da volatilidade e das incertezas climáticas e cambiais terem pesado no balanço semanal, que acumulou perda de -2,62%.

O mercado brasileiro de milho mantém-se com oferta restrita e negociações limitadas, enquanto as cotações oscilam com a influência da colheita e da movimentação cambial. No cenário internacional, o clima e o relatório de plantio nos EUA pesam sobre os preços futuros, que apresentam volatilidade entre quedas e leves recuperações.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio