O mercado do milho no Brasil continua com baixa liquidez e pouca movimentação em diversas regiões produtoras. Segundo a TF Agroeconômica, os preços seguem estáveis no Rio Grande do Sul, mas sem estímulos para negociações. Os vendedores mantêm as pedidas firmes, o que tem dificultado a concretização de negócios, mesmo diante de ofertas próximas às cotações praticadas.
As referências permanecem nos seguintes patamares:
- Santa Rosa e Ijuí: R$ 66,00/saca
- Não-Me-Toque: R$ 67,00
- Marau e Gaurama: R$ 68,00
- Seberi: R$ 69,00
- Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro: R$ 70,00
Em Santa Catarina, o cenário é semelhante. No Planalto Norte, os pedidos giram em torno de R$ 82,00, mas as ofertas não passam de R$ 79,00. Em Campos Novos, o descompasso é ainda maior, com pedidas entre R$ 83,00 e R$ 85,00, frente a ofertas de até R$ 80,00. A média estadual está em R$ 71,00, com fortes variações entre as regiões, como:
- Joaçaba: R$ 72,70
- Chapecó: R$ 77,13
- Palma Sola: R$ 62,00
- Rio do Sul: R$ 66,00
No Paraná, além da falta de consenso entre produtores e compradores, o avanço das geadas preocupa. Em Campos Gerais, o milho disponível é ofertado a R$ 76,00/saca FOB, com registros pontuais a R$ 80,00. Já as ofertas CIF para junho seguem em R$ 73,00, voltadas principalmente à indústria de rações.
Em Mato Grosso do Sul, o mercado segue com liquidez reduzida e queda nas cotações. As últimas referências apontam:
- Dourados: R$ 48,31
- Campo Grande: R$ 52,00
- Maracaju: R$ 50,00
- Sidrolândia: R$ 53,00
- Chapadão do Sul: R$ 47,52
Milho recua na Bolsa de Chicago com clima favorável nos EUA
Na manhã desta quarta-feira (25), os contratos futuros do milho registraram novas baixas na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 7h20 (horário de Brasília), as perdas variavam entre 2 e 3 pontos:
- Julho: US$ 10,44 por bushel
- Setembro: US$ 10,27 por bushel
O desempenho negativo reflete, principalmente, o bom desenvolvimento da safra norte-americana, com clima adequado e previsões de chuvas que devem favorecer as lavouras. Além disso, o mercado segue pressionado pelas baixas no trigo e pela fraca demanda pelo cereal dos Estados Unidos.
Investidores também permanecem atentos ao cenário geopolítico, com foco no conflito no Oriente Médio, e à movimentação do petróleo, que voltou a subir quase 1% após perdas recentes de 14%.
Milho B3 sobe com frio e atraso na colheita da safrinha
Na contramão de Chicago, os contratos futuros do milho na B3 (Bolsa de Mercadorias de São Paulo) encerraram a terça-feira (25) em alta. O avanço foi impulsionado por preocupações com o clima frio no Brasil e o ritmo lento da colheita da segunda safra, fatores que deram sustentação aos preços no mercado interno.
Segundo a TF Agroeconômica, a onda de frio acendeu um alerta para as lavouras ainda não colhidas. A Conab informou que apenas 10,3% da área da safrinha foi colhida até agora, contra 28% no mesmo período do ano passado e abaixo da média de cinco anos, de 17,5%. Mesmo com os atrasos, a expectativa é de uma produção robusta, o que mantém o mercado em compasso de espera até que um volume maior chegue efetivamente ao mercado.
- Na B3, os principais contratos fecharam em alta:
- Julho/25: +R$ 0,81, fechando em R$ 64,59
- Setembro/25: +R$ 0,53, fechando em R$ 67,73
Resumo do cenário
O mercado de milho vive um momento de contrastes: enquanto a comercialização segue travada nas principais regiões produtoras do Brasil e o clima preocupa, os preços futuros reagem positivamente na B3. Em Chicago, no entanto, a tendência permanece de baixa, influenciada pelas boas perspectivas climáticas nos Estados Unidos e pela demanda ainda contida.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio