A oposição na Câmara dos Deputados decidiu intensificar sua ofensiva contra o governo federal e iniciou uma nova fase de obstrução legislativa. A decisão foi tomada após a ordem de prisão da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Como reação direta, os parlamentares oposicionistas anunciaram que vão travar as pautas de interesse do Executivo, dificultando votações tanto no plenário quanto nas comissões.
O movimento também é impulsionado pela insatisfação com a estagnação do projeto de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, além da crescente irritação com as propostas do governo Lula na área econômica. Entre os principais alvos de crítica estão a criação de novos tributos, a mudança nas regras do IOF e a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de estabelecer uma alíquota fixa de 17,5% no Imposto de Renda sobre aplicações financeiras. Para a oposição, essas medidas penalizam a classe média e geram insegurança entre investidores.
Apesar da paralisação geral, a oposição continuará atuando normalmente em comissões estratégicas onde possui maioria, como as de Relações Exteriores, Agricultura e Segurança Pública.
Nesta quarta-feira (11/6), os líderes Luciano Zucco (PL-RS), Caroline De Toni (PL-SC) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) prometem apresentar um levantamento explosivo que acusa o governo de criar ou aumentar 20 tributos desde o início da gestão. A coletiva de imprensa deve acirrar ainda mais os ânimos em Brasília.
Outro ponto sensível é a preocupação com os debates em curso no STF sobre a responsabilização de plataformas digitais pelo conteúdo de seus usuários — tema que, segundo os opositores, ameaça a liberdade de expressão na internet.
O clima de tensão entre os Três Poderes se intensifica, e a oposição promete transformar o Congresso em campo de batalha política nas próximas semanas, com votações travadas e embates acalorados.
Fonte: PaiPee