Plantio de trigo suspenso no Sul e preços seguem sob pressão do produto importado

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Chuvas persistentes mantiveram os campos alagados e o plantio ainda está parado no Rio Grande do Sul. Segundo a TF Agroeconômica, a trégua nas precipitações só começou nesta terça-feira (25). Enquanto técnicos avaliam possíveis perdas nas áreas já semeadas, o mercado navega por um cenário incomum: em plena entressafra, a safra velha recuou para R$ 1.330 – R$ 1.430/tonelada, justamente quando se renovam contratos com a indústria.

Concorrência externa pressiona margens dos moinhos

Com o câmbio mais baixo e a oferta abundante do trigo argentino, os moinhos brasileiros vêm priorizando as importações. Cinco navios já atracaram no Paraná, carregados de trigo cotado a R$ 1.450/tonelada CIF, enquanto produtores locais pedem cerca de R$ 1.500/tonelada FOB. As margens industriais podem ficar apertadas nos próximos meses, alertam analistas.

Santa Catarina mantém preços estáveis há dez semanas

Nos principais entrepostos catarinenses, o trigo segue entre R$ 75 e R$ 79 por saca, sem grandes oscilações há dez semanas. A demanda continua fraca e ainda há estoque remanescente da safra anterior, inclusive de sementes. A Conab projeta queda de 6,3 % na produção estadual, apesar da maior área cultivada, refletindo baixa produtividade.

Paraná finaliza o plantio, mas teme geadas

O Paraná concluiu a semeadura, mas as recentes geadas levantam preocupações sobre possíveis danos às lavouras. O custo de produção local é estimado em R$ 73,53/saca; embora a rentabilidade permaneça positiva, os preços pagos ao produtor recuaram 0,70 % na última semana, acendendo o sinal de alerta no campo.

Safra nova deve repetir padrão de preços

Para a próxima colheita, pouco se negocia por enquanto, mas a tendência é de que a mesma faixa de preços se mantenha. Em meio à ofensiva do trigo estrangeiro e às incertezas climáticas, produtores brasileiros monitoram de perto custos e mercado, já que qualquer nova pressão pode comprometer a rentabilidade ao longo da temporada.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio