Colheita no Brasil e chuvas na Ásia derrubam preços do açúcar
Os contratos futuros de açúcar encerraram a sexta-feira (13) em baixa nas principais bolsas internacionais. A desvalorização foi impulsionada pelo avanço da colheita da cana-de-açúcar no Brasil e pelo início do período de monções na Ásia, o que melhora as expectativas de safra em grandes produtores do continente.
Preços atingem os menores patamares em quatro anos
Segundo a agência Reuters, o açúcar bruto chegou aos menores níveis dos últimos quatro anos. A pressão sobre os preços também foi motivada por perspectivas mais favoráveis de produção em países como Índia, Tailândia e China.
Tailândia amplia área plantada e prevê maior produção
A Tailândia, segundo maior exportador mundial de açúcar, projeta uma produção de 10,05 milhões de toneladas para a safra 2025/26 — um leve aumento em relação ao ciclo anterior. A área cultivada no país teve um crescimento de 8%, totalizando 1,68 milhão de hectares.
Nova York e Londres registram quedas nos contratos futuros
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o açúcar bruto apresentou recuo nos contratos mais negociados:
- Julho/25: queda de 14 pontos, cotado a 16,13 centavos de dólar por libra-peso
- Outubro/25: baixa de 13 pontos, a 16,57 centavos de dólar por libra-peso
- Em Londres (ICE Europe), a tendência de queda se repetiu:
- Agosto/25: retração de US$ 1,00, negociado a US$ 465,30 por tonelada
- Outubro/25: recuo de US$ 1,20, com cotação em US$ 459,50 por tonelada
Açúcar cristal também sofre desvalorização no Brasil
No mercado interno, o açúcar cristal seguiu a tendência negativa. Segundo o Indicador Cepea/Esalq (USP), a saca de 50 kg foi comercializada a R$ 125,53, representando uma queda de 0,81%.
A combinação entre o avanço da colheita no Brasil e boas perspectivas de produção nos principais países asiáticos resultou na queda dos preços do açúcar nos mercados internacionais e nacional. O cenário de maior oferta global pressiona os valores, afetando as cotações em Nova York, Londres e no mercado interno brasileiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio