Os preços do café seguem em retração neste mês de junho. Dados do Cepea mostram que tanto o arábica quanto o robusta acumulam desvalorizações superiores a 14%, interrompendo uma sequência de cotações recordes.
Colheita Pressiona o Mercado
O avanço acelerado da colheita da safra 2025/26 aumenta a oferta interna e reforça o movimento de baixa nos preços, segundo pesquisadores do Cepea.
Esse aumento de disponibilidade tem sido o principal fator de pressão, num cenário em que o mercado já avaliava um ajuste depois de máximas históricas em termos reais.
Desempenho do Arábica
- Indicador CEPEA/ESALQ (tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista)
- Perdeu quase R$ 360 por saca de 60 kg na parcial de junho, queda de 15,4%.
- Fechou abaixo dos R$ 2.000/sc, patamar não visto desde o fim de novembro de 2024.
Desempenho do Robusta
- Indicador CEPEA/ESALQ (tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo)
- Recuo acumulado de R$ 208,25 por saca de 60 kg, equivalente a 14,9% no mês.
- Abriu a semana a R$ 1.186,20/sc, o menor valor desde maio de 2024.
Ajuste Após Máximas Históricas
Ambos os tipos vinham negociando em níveis recordes quando ajustados pela inflação.
As recentes quedas refletem, além da colheita volumosa, um movimento de correção natural após os fortes ganhos observados ao longo dos últimos meses.
Perspectivas
Com a colheita entrando nas etapas finais e a oferta permanecendo elevada, analistas monitoram se o atual ritmo de desvalorização perderá força ou se novos ajustes ainda ocorrerão. O comportamento da demanda externa e a evolução do câmbio serão determinantes para a formação de preços nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio