Principais pontos
- Robusta sobe em Londres, enquanto arábica recua em Nova York
- Geadas foram pontuais e não causaram danos relevantes às lavouras
- Estoques globais continuam historicamente baixos, sustentando fundamentos positivos
- Colheita avança no Brasil: até 50 % no sudoeste de Minas Gerais e 45 % no conilon/robusta
- Massa de ar frio perde força; risco de novas geadas é monitorado
Comportamento das cotações nesta quinta-feira (26)
- Londres
- Robusta julho/25: +US$ 62, a US$ 3 674/t
- Robusta setembro/25: +US$ 60, a US$ 3 584/t
- Robusta novembro/25: +US$ 63, a US$ 3 537/t
- Nova York (ICE Futures US)
- Arábica julho/25: −670 pts, a 308,65 ¢/lb
- Arábica setembro/25: +5 pts, a 304,55 ¢/lb
- Arábica dezembro/25: −35 pts, a 298,45 ¢/lb
A entrada acelerada da safra brasileira pressiona os preços do arábica, enquanto o robusta reage após uma sequência de quedas na capital britânica.
Fechamento de quarta-feira: arábica renova mínimas de 5 meses e meio
Na véspera, o contrato setembro/25 em Nova York despencou 2,2 % e tocou 300,60 ¢/lb na mínima intradiária, ameaçando romper o patamar psicológico dos 300 ¢/lb. O frio intenso gerou temor de geadas, mas o impacto ficou restrito a baixadas e margens de rios, sem reflexos significativos em áreas comerciais do Sul e Cerrado de Minas Gerais nem da Mogiana paulista.
Avanço da colheita
- Sul de Minas: 30 % da área colhida
- Sudoeste de Minas: 50 %
- Conilon/Robusta (ES e BA): 45 %
Com tempo firme previsto para os próximos dias, técnicos esperam maior ritmo de colheita, o que tende a manter a pressão de curto prazo sobre as cotações do arábica.
Fundamentos e perspectivas
O Escritório Carvalhaes ressalta que os fundamentos se mantêm sólidos: estoques enxutos, consumo global em expansão e clima irregular. Ainda assim, o inverno recém-iniciado exige atenção – novas ondas de frio podem alterar o potencial produtivo da safra 2026.
A massa de ar seco e frio se desloca rapidamente para o oceano, reduzindo o risco de geadas nas madrugadas seguintes, segundo a Climatempo. Mesmo assim, o mercado seguirá monitorando as próximas incursões polares, fator que deve manter a volatilidade acentuada nas bolsas internacionais.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio