Soja oscila em Chicago com ajuste nos derivados e queda nas exportações dos EUA

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O mercado da soja apresenta estabilidade na manhã desta terça-feira (17) na Bolsa de Chicago (CBOT), com leves variações nos contratos futuros. Por volta das 6h25 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa registravam altas entre 0,25 e 0,50 ponto. O contrato de julho era cotado a US$ 10,70 por bushel, enquanto o de setembro operava a US$ 10,53/bushel.

Esse movimento contido ocorre em meio à realização de lucros no óleo de soja, que recua mais de 1% após duas sessões consecutivas de alta expressiva. Já o farelo, que vinha de dias de perdas, ensaia uma leve recuperação, influenciando positivamente as cotações da soja.

Atenção ao clima, derivados e relações comerciais

Os investidores seguem atentos a diversos fatores que impactam o mercado:

  • A volatilidade no óleo de soja, influenciado pela alta recente do petróleo, devido às tensões geopolíticas no Oriente Médio e ao aumento da demanda por biodiesel nos EUA.
  • O clima no cinturão agrícola americano (Corn Belt), crucial para o desenvolvimento da safra 2025/26.
  • As relações comerciais entre China e Estados Unidos, que ainda não se traduziram em uma retomada significativa da demanda chinesa pela soja americana.
  • A comercialização forte da safra nos dois principais concorrentes dos EUA — Brasil e Argentina — que também segue no radar dos traders, trazendo impactos sobre o programa de exportações norte-americano.
Alta no esmagamento e queda nas exportações americanas

Na segunda-feira (16), os contratos de soja encerraram o dia em alta. O vencimento de agosto subiu 0,26%, fechando em US$ 1.071,75/bushel. O contrato de julho, usado como referência para a safra brasileira, manteve-se estável em US$ 1.069,75.

O óleo de soja se destacou com uma valorização de 8,89%, atingindo US$ 55,11 por libra-peso — a maior alta em 20 meses — impulsionado pela escalada do petróleo e pela demanda crescente por biodiesel. Esse cenário foi reforçado pelo relatório da National Oilseed Processors Association (NOPA), que indicou um esmagamento recorde de soja nos EUA em maio: 5,25 milhões de toneladas, 5,01% acima do mesmo mês de 2023 e 1,37% superior a abril. O aumento do esmagamento amplia a demanda interna e dá suporte aos preços, sobretudo do óleo.

Em contrapartida, as exportações americanas de soja sofreram forte retração. Na semana encerrada em 12 de junho, os embarques somaram apenas 215.803 toneladas, queda de 61,4% em relação à semana anterior e 36,7% abaixo do mesmo período do ano passado. Os principais destinos foram Alemanha (58.284 t), Coreia do Sul (46.091 t) e México (41.147 t). Apesar da baixa semanal, o acumulado da safra atual ainda é 11,1% superior ao registrado em 2023.

Farelo recua e estoques de óleo caem

Enquanto o óleo de soja se valoriza, os estoques do derivado apresentaram forte recuo, caindo 10,02% em relação a abril, para 1,37 bilhão de galões. O volume é 20,34% menor do que o registrado em maio de 2023, o que reforça a tendência de valorização do produto.

Já o farelo de soja encerrou o pregão em baixa de 2,81%, cotado a US$ 283,7 por tonelada curta. A queda reflete o aumento da oferta e a menor demanda no mercado internacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio