Soja recua em Chicago com pressão do óleo, trigo, petróleo e cenário geopolítico global

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Leves baixas marcam a terça-feira em Chicago

Os contratos futuros da soja abriram esta terça-feira (24) em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), dando continuidade ao movimento de retração observado na véspera. As perdas, no entanto, são mais contidas, influenciadas principalmente pela forte desvalorização do óleo de soja, do petróleo e também do trigo.

Desempenho dos contratos

Por volta das 7h40 (horário de Brasília), o contrato de julho do óleo de soja recuava mais de 2%, sendo cotado a 52,14 cents de dólar por libra-peso, enquanto o contrato de agosto estava em 52,26 cents. A soja em grão apresentava quedas entre 1 e 3 pontos nos principais vencimentos: julho era negociado a US$ 10,57 e agosto a US$ 10,61 por bushel.

Quedas generalizadas na segunda-feira

Na sessão anterior, a soja encerrou o pregão em baixa generalizada. O contrato de julho caiu 0,87%, ou 9,25 cents/bushel, para US$ 1.058,75. Já o vencimento de agosto teve queda de 0,89%, ou 9,50 cents, fechando em US$ 1.062,00. No mercado de derivados, o farelo de soja para julho recuou 0,60%, a US$ 282,40 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja despencou 2,26%, fechando a US$ 53,24 por libra-peso.

Pressões externas: petróleo, trigo e realização de lucros

A forte baixa do óleo de soja está diretamente ligada à retração dos preços do petróleo e à realização de lucros por parte dos fundos, após valorizações anteriores. O trigo também teve perdas superiores a 1% no início da semana, o que contribuiu para pressionar o complexo soja como um todo.

Clima favorável nos EUA e expectativa por relatório do USDA

Outro fator que influenciou negativamente as cotações foi a previsão climática otimista para as principais regiões produtoras dos Estados Unidos, com expectativa de chuvas acima da média nos próximos 6 a 14 dias. O mercado também aguarda com cautela o relatório semanal de safra do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), que será divulgado ainda nesta terça. A expectativa é de uma leve melhora na classificação das lavouras de soja, passando de 66% para 67% na categoria boa/excelente.

Geopolítica e exportações em queda reforçam cautela

De acordo com a TF Agroeconômica, o aumento das tensões no Oriente Médio tem gerado incertezas no mercado, com temor de alta nos custos logísticos e restrições comerciais. Além disso, as inspeções semanais para exportação da soja norte-americana caíram 13,67%, com embarques limitados a 192.890 toneladas, o que também contribuiu para o viés de baixa dos preços.

Expectativa com novos dados do USDA

O mercado segue defensivo à espera dos novos dados sobre a área plantada nos Estados Unidos, que serão divulgados pelo USDA no fim do mês. O comportamento dos derivados, a entrada da nova safra de trigo e o cenário climático continuarão sendo fatores decisivos nas próximas sessões.

O mercado da soja opera em clima de cautela na Bolsa de Chicago, impactado por fatores como a queda do petróleo e do trigo, realização de lucros, clima favorável nos EUA e tensões geopolíticas. Investidores aguardam os próximos dados do USDA para avaliar os rumos da nova safra norte-americana.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio