Mercado inicia a semana em compasso de espera
A manhã desta segunda‑feira (30) começou com oscilações discretas na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h20 (horário de Brasília), os contratos subiam entre 1,50 e 3,50 pontos: setembro marcava US$ 10,19 e novembro, referência para a safra norte‑americana, US$ 10,28 por bushel. A cautela domina as operações enquanto agentes aguardam quatro boletins cruciais do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) — área plantada para 2025/26, estoques trimestrais em 1.º de junho, embarques semanais e acompanhamento de lavouras.
Expectativa de ligeira expansão de área
Analistas projetam aumento sutil nas extensões de soja e milho nos Estados Unidos. Caso se confirme, o ajuste tende a equilibrar os números de oferta e reforçar o tom defensivo dos participantes, que preferem vender em eventuais picos de preço a comprar nas baixas.
Clima favorável mantém tranquilidade sobre a safra
Os mapas de junho mostram precipitações adequadas para milho e soja, exceto nas Dakotas — região com peso limitado na produção. “Até agora não há motivo para alarde com produtividade”, observa Ginaldo Sousa, diretor do Grupo Labhoro. Esse cenário climático inibe movimentos especulativos mais agressivos na CBOT.
Recuperação pontual encerra série de quedas
Na sexta‑feira (28), a soja rompeu uma sequência de cinco sessões de baixa e fechou em alta por compras de oportunidade. O contrato julho — referência brasileira — avançou 0,49% (5 cents), a US$ 1.027,75/bushel; agosto ganhou 0,54% (5,50 cents), a US$ 1.033,25. A tração veio de três fatores: dólar mais forte frente ao real, aquisição de 119 mil t pela México e elevação das tarifas argentinas sobre exportações do complexo soja.
Derivados ainda acumulam perdas semanais
Apesar da recuperação diária, a semana terminou negativa para farelo e óleo. O farelo julho subiu só 0,07% no dia, para US$ 271,10/t curta, mas perdeu 4,58% em cinco pregões. Já o óleo recuou 0,13% na sessão, a US$ 52,45/lb‑peso, somando queda semanal de 3,71%.
Olho nos fundamentos e no cenário global
Além dos números do USDA, traders acompanham a agenda macroeconômica e tensões geopolíticas — especialmente as relações EUA‑China —, enquanto o petróleo inicia a semana com leves baixas no Brent e no WTI. Esse conjunto de fatores deve orientar o humor do mercado nos próximos dias, principalmente quando forem divulgados os novos relatórios oficiais de área, estoques e qualidade das lavouras norte‑americanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio